UFJF adere ao Sisu

Mesmo em meio a tantos problemas e questionamentos, a importância do Enem não para de aumentar. Na mesma semana em que o ministro Fernando Haddad afirmou que o próximo Sisu atingirá a histórica marca de 100 mil vagas em instituições públicas, uma importante universidade federal anuncia o fim do seu vestibular para o ano que vem.

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) decidiu acabar com seu próprio processo seletivo a partir de 2012, ou seja, para ingresso em 2013. O Conselho Setorial de Graduação, responsável pela deliberação desse tema, bateu o martelo em reunião realizada nesta quinta-feira, 24. Ainda de acordo com a decisão, o Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) está mantido.

Assim, 70% das vagas que até esta edição do processo eram destinadas ao Vestibular, serão disputadas pelos candidatos através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação, composto pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Pism continua recebendo 30% das vagas ofertadas pela instituição.

O Sisu aceita o sistema de cotas adotado pela UFJF e, portanto, o modelo dividido de acordo com os grupos – candidatos de escolas públicas autodeclarados negros (A); de escola pública (B); e não-optantes (C) – permanece. As ações afirmativas só valem para a 1ª e a 2ª chamadas, e não para lista de espera.

Importante ressaltar que para os 17.019 inscritos no vestibular deste ano nada muda. O processo está mantido, assim como as provas da 2ª fase, que serão realizadas nos dias 19 e 20 de dezembro. O Pism terá as provas dos módulos I e II aplicadas nos dias 11, 12 e 13 de dezembro, e as do módulo III, nos dias 18, 19 e 20 de dezembro.

A partir do dia 5 de dezembro, todos os candidatos precisam acessar o site www.ufjf.br para imprimir o comprovante definitivo de inscrição, onde constará o local das provas.

Quanto à repercussão da decisão, o pró-reitor de Graduação e presidente do Conselho, Eduardo Magrone declarou que a mudança era algo mais do que esperado, senão agora, para os próximos anos. Ele lembra que a UFJF veio ampliando sua participação no Enem desde 2008, resultando na total adoção do exame.

Magrone reconhece que o Enem levará tempo para se consolidar e precisa passar por reformas, em especial, na área logística e de segurança. No entanto, acredita que não há prejuízo para a instituição em relação ao perfil do aluno selecionado. “Pelo contrário, a forma de ingresso nas universidades do Brasil pelos vestibulares é antiquada e não corresponde às mudanças sofridas pelo ensino superior”. O Enem, segundo ele, explora as competências, além de valorizar a leitura.

Sobre a crítica de que o exame nacional pressupõe a desregionalização do estudante, o pró-reitor é incisivo: “uma universidade federal é feita para o país”

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