A Redação na FUVEST em 2015

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redação nota 1000

Assim como em 2016, a proposta de redação da FUVEST do ano de 2015 trouxe um tema que requeria (e, infelizmente, ainda requer) uma reflexão bastante profunda e detalhada acerca do status quo brasileiro e mundial. Vamos relembrar a coletânea:

Mais uma vez é necessário dar atenção às instruções básicas: deve-se usar a forma padrão da língua portuguesa, dar um título à redação e escrever um mínimo de vinte linhas e um máximo de trinta. Como sempre, levando em conta os critérios de correção, argumentos bem embasados e conteúdo externo que comprove o posicionamento do autor da redação são necessários e vão colaborar com a produção. Inicialmente, no entanto, é necessário ler com atenção os textos motivadores.

Os dois primeiros trechos da coletânea são do professor Michael J. Sandel, de Harvard. Ele exemplifica e define como algo prejudicial à sociedade a “camarotização” de espaços que anteriormente eram ocupados/frequentados pelas mais variadas camadas sociais. Em seguida, Renato de P. Pereira explicita o fenômeno no contexto brasileiro, mencionando os espaços exclusivos (normalmente mais caros do que os ingressos/passagens convencionais) para quem pode pagar mais, o que, para ele, insinua uma insistência em manter uma separação entre os estratos sociais, já que as classes mais baixas começaram, em determinado momento da história, a frequentar os mesmos locais que os mais abastados, como os aeroportos, por exemplo. Em seguida, ainda dentro do contexto brasileiro, há mais um exemplo de como nossa sociedade está sendo mais segregada, mais “camarotizada”, através do depoimento de um professor universitário sobre sua época de ensino fundamental e médio, na qual as mais variadas classes sociais conviviam em um espaço comum (as escolas públicas), o que ele observa estar se alterando na atualidade.

Depois da leitura atenta à coletânea, é hora de reunir algumas informações extras. Há a possibilidade de mencionar exemplos claros de segregação social passíveis de serem observados no dia a dia, teorias filosóficas que podem comprovar como isso pode ser prejudicial a todos e, inclusive, usar exemplos que ficaram bastante famosos através de noticiários (o ato de racismo contra o entregador em Valinhos, por exemplo, que se deu pela simples presença dele no condomínio) ou de redes sociais (como a senhora que tirou foto de um homem com vestimentas menos formais – uma regata, shorts e chinelos – e achou “absurda” a presença dele num aeroporto, dizendo que o local estava parecendo uma rodoviária pelo simples fato da presença e das vestimentas do senhor em questão).

Exemplos e teorias externas reunidos, é hora de construir a argumentação. Através da coletânea, é possível entender que dificilmente a defesa da segregação e “camarotização” social se encaixará completamente nas expectativas do tema. Todos os excertos mencionam os problemas que isso traz a todas as camadas sociais, não apenas às mais pobres. Sendo assim, um caminho contrário ao que os textos sugerem será mais difícil de construir e, até mesmo, de defender. Por isso, é interessante demonstrar ao longo da construção da redação os malefícios do fenômeno, suas possíveis causas e consequências, além de dar exemplos. A redação da FUVEST não exige uma sugestão de solução do problema como o Enem, mas neste caso essa pode ser uma boa opção de conclusão, por conta do teor do tema “Camarotização da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia”.

O que acharam do tema de 2015? Já repararam em alguma segregação no dia a dia? Alguma sugestão de solução em mente? Contem tudo pra gente nos comentários e até semana que vem!

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Por quê, Porquê, Porque e Por que: aprenda a diferença entre cada um para não errar no Enem!

A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto.
https://infoenem.com.br/por-que-porque-porque-e-por-que-aprenda-a-diferenca-entre-cada-um-para-nao-errar-no-enem/

O que é SiSU?

É o sistema informatizado do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior (federais e estaduais) oferecem vagas a candidatos participantes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
https://infoenem.com.br/como-funciona-o-sisu/

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