Em 2017, mantendo a tradição (retroativamente falando), o vestibular da Unicamp exigiu que os candidatos desenvolvessem duas propostas, com sua típica grande variação de gêneros textuais. Vejamos qual foi a primeira proposta daquele ano e pensemos em algumas possibilidades de desenvolvimento, para a prática visando produções futuras:
Em primeiro lugar, é necessário ler com atenção as instruções para a produção do texto. Neste caso, diferentemente dos anos que já analisamos, não há nenhuma lista explícita com as tarefas a serem seguidas, então aqui é preciso dar ainda mais atenção ao enunciado e retirar deles tudo o que precisa necessariamente estar incluído no gênero a ser produzido. O escolhido da vez foi a carta de leitor. Portanto, o aluno deveria levar em consideração que estaria comunicando-se com a revista e/ou com a autora do artigo que leu e resolveu comentar, assim como com os próprios colegas leitores da publicação. No mais, a tarefa era concordar ou discordar da autora do texto, com uma argumentação consistente.
O artigo em questão, a ser lido e comentado, é o “A volta de um Rio que faz sonhar”, da autora Lená Medeiros de Menezes. Nele há, inicialmente, uma retomada sobre o boom da imigração para o Brasil, especialmente por conta da crise no Haiti, além das consequências desta imigração mais recente para os próprios imigrantes, para os brasileiros e para o país de forma geral, tanto positivas quanto negativas. Em seguida, a autora traz mais exemplos de imigrações ao longo da história do país e usa-as como uma possível comprovação, ao explicitar eventos negativos relacionados aos imigrantes. Lená argumenta que talvez a cordialidade dos brasileiros na recepção aos estrangeiros, tão famosa mundialmente e nacionalmente, pode não ser tão abrangente assim e contém suas nuances, inclusive quando trata-se de preconceitos raciais e de xenofobia em relação a territórios específicos.
Para a construção da carta, é necessário posicionar-se em relação ao artigo. Primeiramente, como exigido nas tarefas do gênero, há uma análise da relação feita pela autora entre a suposta cordialidade e a presença efetiva de estrangeiros em nosso país. É importante reconhecer que existem diferenças de consideração, tratamento e o que mais quiser considerar dependendo da etnia e do país de origem do imigrante em nosso país, já que isso é comprovado com exemplos concretos e generalizados (caso dos bolivianos) trazidos no texto. Essa análise pode ser feita usando os próprios questionamentos feitos pelo artigo: estamos “anestesiados” a essa variação no tratamento? Nossas políticas de imigração são exageradamente restritivas? Vemos o estrangeiro imigrante como ameaça de alguma forma? Ao refletir sobre essas perguntas, com argumentação embasada e inclusão de exemplos, pode-se estabelecer uma relação de concordância com a autora. Uma sugestão de solução não é exigida, mas pode ser um bom encerramento, dando possibilidades de intervenção na xenofobia instaurada no brasileiro conhecido por sua suposta cordialidade, mas que não a coloca tanto em prática assim.
O que acharam do primeiro tema da Unicamp em 2017? Mais difícil ou mais fácil de tratar do que os anteriores que discutimos? Prestaram esse ano? Como foi a experiência? Contem tudo pra gente nos comentários e até a próxima!
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Por quê, Porquê, Porque e Por que: aprenda a diferença entre cada um para não errar no Enem!
A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto.
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O que é SiSU?
É o sistema informatizado do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior (federais e estaduais) oferecem vagas a candidatos participantes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
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