Na última quarta-feira (26), os representantes das mais de 800 escolas ocupadas no estado do Paraná por conta dos protestes se reuniram e realizaram uma Assembleia em Curitiba para decidir sobre a manutenção ou não da ocupação nas unidades educacionais do “Movimento Ocupa Paraná“.
Para mais de 95 mil candidatos, a questão se tornou crucial após declaração do Ministro da Educação, Mendonça Filho, dada uma semana antes, afirmando que as escolas que são locais de prova do Enem 2016 que não forem desocupadas até 31 de outubro terão a aplicação do exame cancelada e remarcada para dezembro.
Em resposta, os integrantes do movimento decidiram não orientar a desocupação em nenhuma escola que seja local de prova. Também comunicaram que a escolha da saída de cada instituição caberá ao conjunto de estudantes alocados no próprio estabelecimento, e não ao coletivo, desde que tenham garantias de que suas reivindicações serão atendidas.
A principal solicitação dos estudantes relacionada diretamente a aplicação do exame nacional é a para que haja alteração dos locais de provas ocupados, solução dada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em conjunto com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) para resolver o mesmo problema em relação ao segundo turno das eleições, que ocorre neste domingo (30) em Curitiba, Maringá e Ponta Grossa.
Questionado em entrevista coletiva sobre a possibilidade de realização da alteração dos locais de prova para não adiar o exame de todos os candidatos envolvidos, Mendonça Filho rebateu afirmando que o Ministério da Educação “não tem logística” para essa operação.