Após entender um pouco sobre a Antiguidade Oriental, vamos ver os aspectos mais importantes das civilizações clássicas. Neste artigo, especificamente, a Grécia.
Localizada na Península Balcânica, a Grécia pode ser dividida em três partes: Insular, Colônias e Continental, enquanto sua história é dividida nos períodos Homérico, Arcaico, Clássico e Helenístico.
A região foi dominada por vários povos, porém, diferentemente de outras civilizações, as diferentes etnias não causaram conflitos, mas constituíram certa unidade, pois falavam a mesma língua e tinham as mesmas crenças, em uma religião politeísta. Eles se organizavam em genos, ou seja, famílias numerosas compostas por aqueles que acreditavam ter a mesma descendência, e compunham as pólis, cidades-Estado autônomas, onde eles eram os helenos e quem tinha uma cultura diferente era chamado de bárbaro.
As cidades-Estado de maior destaque foram Esparta e Atenas. Nos próximos parágrafos vamos conhecer melhor cada uma delas.
Esparta
Sua base estava na agricultura, devido a localização na península do Peloponeso. Sua sociedade era baseada no militarismo, com o objetivo de formar soldados fortes e preparados para o exército e para seguir as imposições do Estado, sob uma grande desigualdade social.
A sociedade era dividida em espartanos, cidadãos livres que se dedicavam ao Estado, periecos, comerciantes camponeses, também livres, e hilotas, os servos, que sustentavam os espartanos. Seu governo era composto por uma diarquia, ou seja, dois reis no poder, porém também havia uma Assembleia, a Apelá, que escolhia um Conselho dos Éforos. Esses dois reis pertenciam à Gerúsia, um Conselho de Anciãos, que era quem tinha efetivamente o poder.
Atenas
Possuía uma estruturação totalmente diferente. Centrada na Acrópole, o alto de uma montanha, não possuía muitas terras férteis para a agricultura, portanto sua economia baseava-se no comércio e na navegação. Sua sociedade era dividida em eupátridas, os cidadãos livres que participavam efetivamente da política, metecos, os estrangeiros, os quais não possuíam nenhum poder político e escravos.
Conhecida como o “berço da democracia”, Atenas era governada por um rei, porém, com o tempo, começaram a ter poder os aristocratas. Entretanto, estes faziam abuso da autoridade e os comerciantes e artesãos, em um processo de ascensão social, reivindicavam reformas políticas e sociais.
As leis de Drácon foram as primeiras escritas e começavam a bloquear os abusos das camadas sociais mais elevadas, embora estas ainda dominassem o poder. Depois, Sólon começou a reduzir esse poder, com uma reformulação das leis.
Clístenes foi um dos que começaram a instituir a democracia ateniense, em que “todos os cidadãos têm o mesmo direito perante a lei”, porém, nem todos eram cidadãos, apenas uma pequena parte dos homens.
Posteriormente, Péricles incluiu o salário nas leis. Contudo, ainda é possível caracterizar a cidade-Estado como elitista, escravista e patriarcal.
Com essas divergências e as disputas por território do período, começam a eclodir guerras entre os povos, porém esse já é assunto para o próximo artigo.
Até lá!