Um dos temas mais recorrentes na área de Ciências Humanas (mais especificamente a disciplina de Geografia) no Enem e vestibulares está, sem sombra de dúvidas, ligado as ações do homem e seu impacto sobre o meio ambiente.
Dentro deste conteúdo mais amplo podemos destacar as Fontes Energéticas. Provavelmente você já respondeu a alguma questão ou ouviu / leu alguma matéria sobre a polêmica construção da Usina Hidrelétrica de Belo monte (PA), que dividiu opiniões entre o enorme fornecimento energético que irá proporcionar e o impacto ambiental e prejuízo que causará aos agricultores locais e a população ribeirinha indígena.
Questões como esta são um prato cheio para qualquer concurso ou processo seletivo. E para lhe deixar mais por dentro do assunto, vamos revisar brevemente as fontes de energia e trazer um exemplo de questão sobre o tema cobrado na edição passada do Enem.
Atualmente o homem se utiliza de fontes energéticas que podem ser classificadas como não renováveis e renováveis. As fonte não renováveis são aquelas que não podem ser produzidas pela natureza ou levam grande escala de tempo para serem disponibilizadas. Seus principais representantes são carvão, gás natural, petróleo e energia nuclear.
Já as fonte renováveis, como o próprio nome diz, são aquelas capazes de fornecer energia através da utilização de recursos que podem ser utilizados infinitamente e jamais se esgotarão na natureza. Entre seus maiores representantes temos a energia solar (obtida através do Sol), energia das marés (correntes marítimas), biomassa (matéria orgânica), hidráulica (das águas) e energia eólica (dos ventos).
Em nosso país ocorre o predomínio da utilização da energia provinda das usinas hidrelétricas, que aproveitam o potencial hidráulico dos rios. Porém, a energia eólica também vem sendo muito aproveitada no Brasil, nas regiões que possuem condições adequadas.
Veja abaixo uma questão que caiu no Enem 2013 que trata exatamente sobre este assunto. A resolução, explicação e comentários foram retirados de nossas Apostilas para o Enem 2014. Nelas o professor Bruno Picchi (UNESP) detalha todo o panorama da utilização dessa fonte energética por aqui. Vale a pena conferir!
Empresa vai fornecer 230 turbinas para o segundo complexo de energia à base de ventos, no sudeste da Bahia. O Complexo Eólico Alto Sertão, em 2014, terá capacidade para gerar 375 MW (megawatts), total suficiente para abastecer uma cidade de 3 milhões de habitantes.
MATOS, C. GE busca bons ventos e fecha contrato de R$ 820 mi na Bahia. Folha de S. Paulo, 2 dez. 2012.
A opção tecnológica retratada na notícia proporciona a seguinte consequência para o sistema energético brasileiro:
a) Redução da utilização elétrica.
b) Ampliação do uso bioenergético.
c) Expansão das fontes renováveis.
d) Contenção da demanda urbano-industrial.
e) Intensificação da dependência geotérmica.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS
Alternativa C
A geração de energia tem sido tema recorrente nas provas e concursos em todo o Brasil em razão de nosso desempenho socioeconômico expressivo. A energia elétrica apresenta crescente demanda, tanto para a providência residencial quanto para o setor secundário (indústrias). Analisemos este cenário de oferta e demanda.
O texto oferta um fragmento relativo às usinas eólicas, ou seja, transformação em energia elétrica a partir dos ventos. Para a concretização de tais usinas, é importante a questão das peculiaridades do meio, principalmente relativas às características climatológicas, pois a “matéria-prima” desta categoria de usina é o vento. O Ceará e Santa Catarina são estados que apresentam condições climáticas favoráveis à instalação de tal empreendimento.
A geração de energia pode ser provida com meios renováveis ou não renováveis. No caso das usinas eólicas, o vento é um tipo de fonte renovável. Além da garantia de perpetuação desta fonte, os impactos antrópicos são baixos, estando os ativos ambientais em sobreposição aos passivos. É considerada uma fonte de energia limpa, por não atingir a atmosfera (como no caso do desequilíbrio químico atmosférico oriundo da queima de combustíveis fósseis), porém, é necessário um planejamento para que não interfira nas rotas de aves migratórias, que podem ser vitimadas pelas hélices dos grandes cataventos das usinas. Para isso, é imprescindível a elaboração de um documento denominado Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para o seu licenciamento.
A matriz energética brasileira é, em sua maioria, baseada em hidrelétricas, por questões climáticas e do relevo. Finalmente, pelos fragmentos do texto Sudeste da Bahia e Alto Sertão, sabemos que tais localidades não apresentam tal tendência, pois são guarnecidas por um regime pluviométrico e uma descarga hídrica dos rios incompatíveis com a instalação de uma usina hidrelétrica, sendo a opção pela energia eólica algo favorável em razão das peculiaridades do meio físico.
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