Artigos Definidos e Indefinidos – Combinações e Contrações

No último artigo de gramática tratamos dos artigos definidos e indefinidos, estabelecendo seus usos e colocações em frases. Desta vez, trataremos das possibilidades de junções destes artigos com algumas preposições da língua portuguesa: “a”, “de”, “em” e “por”.

Por

Pode-se fazer contração (junção com transformação de fonemas) da preposição “por” com os artigos definidos “a”, “o”, “as” e “os”, o que resulta em “pela”, “pelo”, “pelas” e  “pelos”, respectivamente.

Exemplos:

As mulheres lutaram pelo (por + o) direito de votar.

Ele caminhou pelas (por + as) campinas.

De

A preposição “de” pode se juntar a todos os artigos (“a”, “o”, “as”, “os”, “um”, “uma”, “uns” e “umas”) e formar as contrações “da”, “do”, “das”, “dos”, “dum”, “duma”, “duns”, “dumas”. Ela também pode ser usada com os artigos indefinidos de forma separada (“de um”, “de uma”, “de uns” e “de umas”), podendo ser usada em qualquer uma das duas formas.

Exemplos:

João não se cansava da aula.

Eles estavam precisando duns/de uns carros novos.

Em

Empode ser usada também com todos os artigos. Com os definidos (a, o, as e os), a opção é apenas a contração (junção com transformação de fonemas), sendo os resultados “na”, “no”, “nas” e “nos”. Já com os indefinidos (um, uma, uns, umas), assim como “de”, pode ser usado em contração ou não com os fonemas: “em um” ou “num”, “em uma” ou “numa”, “em uns” ou “nuns” e “em umas” ou “numas”.

Exemplos:

Ela estava na biblioteca quando tudo aconteceu.

Os livros foram colocados em umas/numas estantes bem empoeiradas.

A

Por fim, chegamos à preposição que resulta na tão temida e confusa crase! Confesso que eu mesma levei um tempinho pra pegar o jeito, e o que me ajudou a fixá-la foram algumas dicas de como NÃO utilizar a crase. Comecemos, no entanto, pelos momentos em que ela tem a possibilidade de surgir: a crase pode aparecer quando verbos ou expressões que antecedem o artigo contiverem a preposição “a” em sua regência. Por exemplo, na expressão “em direção a”, pois quando se vai em direção, vai-se em direção A algo ou alguém. Sendo assim, a preposição “a” pode aparecer na frente dos artigos indefinidos (um, uma, uns, umas), mas sem modificação nenhuma (Ela foi em direção a uns caras parados na esquina.). A preposição também pode aparecer, no caso da expressão em questão, na frente de artigos definidos, que aí sim causam junções/contrações: “em direção à”, “em direção ao”, “em direção às” e “em direção aos”. O verbo “ir” também exige preposição “a”, já que quando se vai, vai-se “a” algum lugar. Juntando a preposição aos artigos definidos, novamente temos “ir à”, “ir ao”, “ir às” e “ir aos”.

Exemplos:

O homem foi em direção à porta.

Fomos às festas daquele semestre.

Fui ao banco ontem.

Vejamos, então, quando a crase NÃO DEVE ser usada, para podermos fixar ainda melhor sua função e uso:

  • Não use a crase antes de verbos;
  • Não use-a antes de substantivos masculinos, seja no singular ou no plural;
  • Não use crase antes de expressões de palavras repetidas, mesmo que femininas (dia a dia, face a face);

Dica: se ainda assim ficar em dúvida, coloque “ao” no lugar da possível crase e troque a palavra em frente por um pronome masculino. Se ficar correto, a crase muito provavelmente é necessária ali. Por exemplo, se o masculino for “ir ao banco”, o feminino terá crase como em “ir à escola”.

O que acharam das dicas dessa semana? A crase é um tópico de nossa língua bastante discutido, não é mesmo? Contem pra gente todos os macetes que conhecem para compreender o uso da crase nos comentários! Até a próxima!

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A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto.
https://infoenem.com.br/por-que-porque-porque-e-por-que-aprenda-a-diferenca-entre-cada-um-para-nao-errar-no-enem/

O que é SiSU?

É o sistema informatizado do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior (federais e estaduais) oferecem vagas a candidatos participantes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
https://infoenem.com.br/como-funciona-o-sisu/

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