Não há como negar que o Brasil passa por uma das crises econômicas mais acentuadas de nossa história. Além disso, os problemas na política e seus casos de corrupção que aparecem praticamente todos os dias dão ainda mais dramaticidade nesse conturbado período. Entretanto, nossa análise não pode ficar apenas restrita a esses últimos anos. Uma visão mais geral da nossa economia é importante para que possamos entender, de fato, como estamos e onde podemos chegar. Confira mais sobre esse assunto que certamente pode cair no Enem 2017.
De acordo com a divulgação de primeiro de fevereiro de 2017 do Banco Mundial, o Brasil é a nona economia do mundo, com um PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente 1,77 trilhões de dólares (esse é um dos principais indicadores da economia de um país). Esse valor representa aproximadamente 2,39% na participação da economia de todo o globo. Não é pouco, embora boa parte deste dado esteja relacionada a quantidade de cidadãos. Afinal, somos mais de 200 milhões brasileiros!
O problema é que esse PIB vem caindo desde 2015, quando recuou 3,8%. No ano seguinte (2016), a queda foi de 3,6%. Vale ressaltar que nesse mesmo período de dois anos, os países do globo cresceram numa média superior a 3% por ano. Para se ter uma ideia da dificuldade da situação, no ano passado, os números revelam que houve recuo nos três setores que entram no cálculo do PIB anual – agropecuária (-6,6%), indústria (-3,8%) e serviços (-2,7%). A última vez que os três setores caíram juntos foi em 1996, e mesmo assim a queda não foi tão intensa. Em 2014, apenas o setor industrial caiu, mas os serviços e agropecuária continuavam crescendo. Em 2015, caíram a indústria e os serviços. Já em 2016, a agropecuária.
Com essa queda generalizada em todos os setores, não é a toa que o desemprego já superou a casa dos 13 milhões, de acordo com o próprio IBGE.
Portanto, o principal desafio agora é, antes de qualquer coisa, tentar “frear” essa vertiginosa queda. Só depois podemos pensar em retomar o crescimento. Dentre tantas notícias ruins, pelo menos uma boa: um dos nossos setores mais importante, o Agronegócio, no último mês de março, já deu sinais de recuperação e cresceu 4,6% em relação ao mesmo mês do ano passado (clique aqui para ver a matéria). Não é muito, mas com certeza um respiro.