Compreenda a Unificação da Alemanha

A Alemanha, assim como a Itália (veja seu processo de unificação), não era um Estado único até o início do século XIX, mas sim formada por 39 Estados independentes. Em 1815, o Congresso de Viena reuniu esses Estados, formando a Confederação Germânica, sendo a Prússia e a Áustria os mais influentes.

Em 1834, foi implementada uma união aduaneira entre os Estados, ou seja, um acordo que buscava eliminar os impostos, que ficou conhecido como Zollverein. Esse acordo beneficiava principalmente a Prússia, pois esta poderia aumentar o seu mercado. Até 1853, apenas a Áustria não fazia parte da união, Estado que também barrou a primeira tentativa de unificação feita pela Prússia em 1850.

Entretanto, com Guilherme I no poder, a Prússia continuou lutando pelo processo e, em 1862, proclamou Otto von Bismarck como seu primeiro-ministro, o qual, mesmo com alguns ideais conservadores, defendia a unificação e ficou conhecido como o Chanceler de Ferro.

Bismarck instaurou um Parlamento, modernizou seu exército e iniciou o processo de unificação, dominando inicialmente Estados controlados pela Dinamarca, com o apoio da Áustria. Em 1966, declarou guerra contra a mesma, a qual foi derrotada e cedeu alguns de seus territórios. Bismarck formou então a Confederação dos Estados do Norte, ansiando por anexar também os Estados do sul.

Em 1870, Napoleão III declarou guerra à Prússia, para que o Estado não dominasse também a Espanha, já que a rainha do país havia sido deposta e Bismarck havia indicado um membro de sua família para ocupar o trono. Se iniciou então a Guerra Franco-Prussiana, na qual o exército francês foi derrotado na região rica em minério de Alsácia e Lorena, que também foi conquistada pelos alemães.

Com todos esses territórios dominados, em 1871 Guilherme I foi declarado imperador (kaiser) da Alemanha, líder do II Reich. Desse modo, a economia do país se fortaleceu, junto com a industrialização, e o Estado Alemão se tornou um dos mais influentes do mundo.

Na França, após sua derrota, houve um período de intensa crise política com a liderança de um governo conservador. A população, revoltada, não aceitava a derrota na guerra, suas péssimas condições de trabalho e a dominação da burguesia, portanto tomou a cidade de Paris em 1871 e estabeleceu a primeira tentativa de um governo popular, a Comuna de Paris.

A Comuna unia ideais liberais, socialistas e anarquistas e tinha como objetivo principal melhorar as condições de vida e de trabalho dos franceses. Entretanto, a burguesia se uniu ao governo anterior, de Thiers, e aos alemães contrários aos ideais dos operários e formou um exército de 100 mil sodados que destruiu a Comuna de Paris, matando mais de 20 mil pessoas e expulsando e prendendo cerca de 40 mil.

Mesmo sem grandes efeitos, a Comuna de Paris gerou perspectivas de formar um governo socialista, que repercutiu em episódios como a Revolução Russa de 1917.

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