Com a recente greve dos caminhoneiros e a falta de combustíveis, diversas discussões a respeito destes recursos vieram à tona. Dentre elas, a diferença entre etanol, gasolina e diesel e as consequências do uso do metanol nos veículos. Afinal, do ponto de vista da química, o que estes combustíveis têm de distinção e por que cada um possui uma finalidade diferente?
Indice
Diesel e Gasolina
Primeiramente devemos entender de onde vêm cada um deles. O diesel e a gasolina são produtos da destilação do petróleo, assim como o querosene. A principal diferença entre os compostos é a quantidade de átomos de carbono em suas moléculas e seu ponto de ebulição. Em consequência disso, eles possuem destinos diferentes. Enquanto a gasolina, produto mais comum em nosso dia a dia e que possui de 5 a 10 átomos de carbono, é utilizada como combustível para os automóveis, o diesel, com 14 a 20 átomos, é utilizado em veículos maiores, como caminhões e ônibus, e o querosene, com 10 a 16 átomos, é destinado aos aviões.
Etanol
Já o etanol ou álcool etílico (C2H5OH) não é proveniente do petróleo, mas sim produzido a partir de vegetais e cerais, principalmente cana-de-açúcar e milho. Sua forma de produção o torna menos impactante ao meio ambiente, assim como a quantidade de gases poluentes que libera na queima, menor do que os outros combustíveis.
Metanol
O metanol ou álcool metílico (CH3OH), por sua vez, pode ser obtido pela destilação da madeira a partir de gases de origem fóssil ou da cana-de-açúcar. Devido à falta de gasolina consequente da última greve, alguns postos começaram a misturar o metanol à gasolina, procedimento que é proibido por lei. O metanol é utilizado principalmente na indústria, para a fabricação de outros materiais, sendo uma substância altamente tóxica.
Agora podemos diferenciar estes quatro combustíveis e analisar quais são os usos mais adequados para cada um deles, entendendo melhor também as questões político-econômicas brasileiras que envolvem o assunto.