Entenda as Diferenças Entre Dengue, Zika e Chikungunya

Sabemos que diversas questões do Enem e principais vestibulares são focadas em atualidades. Nesse sentido, as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti certamente poderão ser tema de algumas delas neste ano, especialmente em Biologia. Portanto, vamos compreender cada uma (Dengue, Zika e Chikungunya), com suas semelhanças e diferenças.

As três doenças são consideradas arboviroses, ou seja, seu contágio se dá por meio da picada de um artrópode. A fêmea é a responsável pela transmissão. Após picar uma pessoa infectada, o vírus se replica em seu organismo, e quando picar outra pessoa, esta será infectada e sem a picada não é possível contrair a doença. O mosquito não vive mais que um mês, no entanto, a fêmea pode depositar mais de mil ovos, os quais resistem até um ano em um local seco até que entrem em contato com a água novamente, quando eclodem formando a larva que dará origem ao mosquito. Os sintomas das doenças são semelhantes, mas existem alguns que são característicos de cada uma delas.

Dengue

É a mais grave dentre todas. Apresenta sintomas como fortes dores musculares e de cabeça, febre acima de 38ºC, manchas vermelhas pelo corpo, que aparecem a partir do 4º dia após o contágio, dor atrás dos olhos e desidratação. Pode ocorrer também uma queda no número de plaquetas, podendo acarretar em graves hemorragias, causando até a morte. Além destes, também são comuns sintomas que causam confusão com outras viroses, como vômito e diarreia. Ainda não existem tratamentos específicos para a dengue, mas o acompanhamento médico é necessário para amenizar os sintomas e é muito importante não fazer automedicação, pois alguns medicamentos, como os compostos por ácido acetilsalicínico, podem causar hemorragia e agravar a doença. A Anvisa já aprovou uma vacina com eficácia de cerca de 65%, porém esta é contraindicada para crianças, idosos, gestantes e pessoas com baixa imunidade, e ainda não está no mercado.

Chikungunya

Seu nome deriva de um dialeto da Tanzânia e significa dobrar-se de dor. Caracteriza-se por fortes dores e inchaço nas articulações, dores de cabeça, febre alta de início súbito, manchas pelo corpo, conjuntivite em cerca de 30% dos casos e dores musculares, embora não tão frequentes como na dengue. Também pode apresentar inchaço no fígado e erupções na pele. A doença dura até 10 dias, porém a dor nas articulações pode seguir por meses.

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Zika

Seu nome é originado de uma floresta na Uganda, onde o vírus foi encontrado pela primeira vez. Possui sintomas mais leves que os outros dois. Em cerca de 80% dos casos, a pessoa infectada na verdade sequer apresenta sintomas. Quando contrai a doença, pode ter febre baixa e dores musculares e nas articulações. Na maior parte dos casos, são encontradas manchas vermelhas pelo corpo e forte coceira. A pessoa também pode ter conjuntivite, o que ocorre com mais frequência do que na chikungunya, leves inchaços nas articulações e sintomas comuns de viroses como vômito, diarreia e dor de cabeça.

Entretanto, embora tenha os sintomas mais leves, a Zika é uma das doenças mais preocupantes pois pode causar microcefalia em bebês cujas mães têm a doença enquanto estão grávidas. A microcefalia caracteriza-se pela má formação do crânio do bebê, o qual pode apresentar atraso no desenvolvimento físico e mental. É importante ressaltar que a zika também é responsável por um aumento na ocorrência da síndrome de Guillain-barré, na qual as células do nosso sistema imunológico, a fim de combater o corpo estranho, combatem as próprias células do organismo, causando fraqueza muscular, paralisia e podendo até levar à morte.

Como não há tratamento para as três arboviroses, o mais importante a ser feito é o combate ao mosquito, eliminando ou limpando bem os recipientes que contêm água parada. Além disso, também é essencial se prevenir com o uso de repelente e colocando telas de proteção, principalmente gestantes, as quais correm mais risco nos primeiros meses da gravidez; idosos; crianças e pessoas com a imunidade comprometida. Também é importante nunca se automedicar com o aparecimento de algum desses sintomas, procurando sempre um médico.

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