Estudando a Participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial

Nesta matéria abordaremos detalhes sobre a participação do Brasil na Grande Guerra ou Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), bem como as consequências para o nosso país.

Quando a Primeira Guerra Mundial teve início, o Brasil manteve a neutralidade, mas o presidente da República da época, Venceslau Brás, teve que rever essa posição após o afundamento de vários navios mercantes brasileiros pelos alemães.

Em janeiro de 1917, a Alemanha notificou o Brasil de que havia estabelecido um bloqueio naval ao redor da Inglaterra e nos litorais da França e da Itália. Em abril do mesmo ano, submarinos alemães afundaram o navio mercante Paraná, carregado de café, no Mediterrâneo, onde morreram três brasileiros e, em maio, afundaram também o navio Tijuca.

O Brasil rompeu relações diplomáticas com a Alemanha e apreendeu vários navios alemães ancorados em portos brasileiros. Após o torpedeamento do navio Macau, o Brasil declarou guerra aos países da Tríplice Aliança em 26 de outubro de 1917, aliando-se aos Estados Unidos da América.

Pres. Venceslau Brás assina declaração de guerra do Brasil à Alemanha.

A Tríplice Aliança era composta pela Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro. No início da Primeira Guerra Mundial, a Itália abandonou a Tríplice Aliança e se recusou a participar do conflito. Contudo, em função de promessas territoriais que recebeu, a Itália entrou no conflito ao lado da Tríplice Entente (Inglaterra, França e, mais tarde, Rússia).

Por não ter grandes recursos bélicos, o Brasil não chegou a entrar em combate, mas enviou 20 oficiais e uma força médica de 100 homens para a Europa. Além disso, despachou missões para atuar sob ordens britânicas no Atlântico para patrulhar a costa ocidental africana, o que incluía “limpar” trechos minados. Numa dessas patrulhas, houve um grande número de mortos, mais de 150. Só que o “inimigo” foi um surto de gripe espanhola.

Os distúrbios provocados pela guerra obrigaram o Brasil a dar mais atenção à sua indústria. As fábricas eram basicamente de tecidos e alimentos, mas já começavam a fazer o que se chamava de “substituição de exportações”, produzindo aqui o que era importado. Isso gerou um grande crescimento industrial.

A situação econômica europeia colaborou para o crescimento econômico brasileiro, sobretudo por ter aberto as portas para a industrialização do país, que até então priorizava a produção agrária.
Apesar de sua modesta participação na Primeira Guerra Mundial, o Brasil contribuiu satisfatoriamente com o esforço de guerra aliado, gerando uma oportunidade de crescimento econômico para o país, fortalecendo a economia nacional, atuando no comércio com a Europa e expandindo seus mercados.

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