Um dos acontecimentos mais significativos em relação ao confronto entre capitalismo e socialismo na América Latina foi a Revolução Cubana, assunto do artigo de hoje no infoEnem.
Em 1933, a ilha era governada por um ditador chamado Fulgêncio Batista. Através de fraudes eleitorais, ele se manteve no poder até 1959.
Cuba vivia sob forte influência dos Estados Unidos (EUA). As indústrias de açúcar e muitos hotéis eram dominados por grandes empresários norte-americanos, que influenciavam também a política da ilha, apoiando os presidentes pró-Estados Unidos.
No entanto, havia grande desigualdade social, pois a maior parte da população vivia na pobreza, o que gerava intensa insatisfação.
O advogado Fidel Castro Ruiz era o grande opositor do governo. Conseguiu organizar um grupo de guerrilheiros enquanto estava exilado no México.
Em 1957, Fidel e um grupo de cerca de 80 combatentes instalaram-se nas florestas de Sierra Maestra. A princípio a ação se situava no campo da crítica à ditadura que não estava comprometida com os interesses populares.
Os combates com as forças do governo foram intensos e vários guerrilheiros morreram ou foram presos. Fidel Castro e o argentino Ernesto “Che” Guevara não desistiram e, mesmo com um grupo pequeno, continuaram a luta.
Começaram a usar transmissões de rádio para divulgar as ideias revolucionárias e conseguir o apoio da população cubana. Muitos cubanos das cidades e do campo começaram a entrar na guerrilha.
A campanha vitoriosa, em janeiro de 1959, estabeleceu um governo revolucionário que atingiu interesses norte-americanos na ilha. Derrotado, Fulgêncio Batista fugiu e se exilou na República Dominicana.
Um programa de distribuição de terras, nacionalização de empresas dos EUA, de educação ampla e de atendimento das necessidades de saúde da população foi implementado, provocando uma pressão do governo estadunidense sobre o país.
A pressão norte-americana com o estabelecimento de entraves ao comércio cubano traduziu a situação de crise na ilha. Nesse quadro, a proposta socialista pareceu conveniente, pois além de ajudar Cuba economicamente, garantia um respaldo político considerável da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Em 1961, Fidel Castro declarou o caráter socialista da Revolução Cubana, obtendo imediatamente o apoio da URSS.
Até hoje, os ideais revolucionários fazem parte de Cuba, considerado um dos poucos países que mantêm o socialismo.
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“No entanto, havia grande desigualdade social, pois a maior parte da população vivia na pobreza, o que gerava intensa insatisfação.”
Mudou alguma coisa? A maioria não continua na pobreza?