Ética e a Moral no Enem

ética e moral
Esse é um tema clássico da filosofia e da prova do Enem, pois está presente no cotidiano de todos os indivíduos e, também, nas reflexões de diversos pensadores, tais como Aristóteles, Kant e Jeremy Bentham. Devido a sua relevância, é imprescindível a compreensão da definição de Ética, a qual está mais relacionada com as questões individuais, e da Moral, entendida como o conjunto de valores e preceitos que permeiam a vida coletiva.

As decisões cotidianas pautadas nos conceitos de certo e errado estão estritamente ligadas aos sistemas de valores de uma sociedade. Há atitudes valorizadas e consideradas boas de se fazer, por outro lado, há outras que são reprováveis e produzem uma sensação de mal-estar quando executadas. Essa distinção é decorrente da capacidade humana de estabelecer juízos de valor, responsáveis por diferenciar o bem e o mal e de produzir as ações conforme essa diferenciação.

Mas por que escolher fazer o bem?

A resposta é simples: escolhe-se fazer o bem, seguindo princípios morais, porque, caso contrário, seria quase impossível o convívio social. Se cada indivíduo estabelecesse suas próprias regras existiriam diversos atritos e problemas na sociedade, o que produziria um caos e impediria uma convivência harmoniosa.

Desta forma, pode-se dizer que os valores possuem caráter social e histórico, uma vez que, geralmente, são oriundos do passado e são herdados através das gerações, aparecendo para os indivíduos sob a forma de normas que devem ser respeitadas em benefício de todos. Podem se apresentar na forma de lei, regulamento escrito, princípio de conduta e diversos outros tipos de instrumentos coercitivos que exprimem os valores estabelecidos. No entanto, salienta-se que, como sua formação é histórica, os valores podem variar de acordo com a cultura, época, religião, local e construção social.

Fonte: https://minutodeetica.wordpress.com/2016/05/04/tirinha-conceitos/.

Diferença entre Ética e Moral

Moral

A palavra moral é de origem latina e vem de “moralis”, isto é, tudo que é relativo aos costumes. Sendo assim, pode-se afirmar que a Moral é o conjunto de valores que variam de cultura para cultura e mudam de acordo com o passar do tempo, em que se baseiam os princípios e normas que garantem a harmonia das relações entre os indivíduos dentro de uma sociedade, portanto, atua na sobrevivência do grupo.

A moral orienta o indivíduo, é ela que conduz às noções de certo e errado, estabelecidas de forma consensual dentro da sociedade, as quais possuem condicionantes históricas, sociais e culturais. Ela se manifesta como costumes, crenças, tabus e modos de pensar construídos por uma sociedade. Logo, nota-se que ela é um processo coletivo, indispensável para a vida social.

Ética

A palavra ética vem do grego “Ethos”, referente ao modo de ser e ao caráter. É o ramo da Filosofia que aborda os problemas fundamentais da moral, tal como o significado do bem e do mal, da justiça e do dever etc. A ética é o conjunto de conhecimentos que são extraídos da investigação do comportamento humano, ao buscar explicar as regras morais de uma maneira racional e pautada em preceitos científicos.

Desta forma, entende-se que ela é uma reflexão da moralidade, a qual ajuda os indivíduos a fazer decisões cotidianas. Esse estudo reflexivo é voltado à compreensão das ações humanas de acordo com os valores morais que as orientam. Assim, nota-se que ela está mais relacionada às questões individuais.

Ética em Aristóteles

Aristóteles abordou a questão da ética a partir do princípio segundo o qual todas as coisas, sejam elas pessoas ou objetos, possuem uma finalidade. Essa concepção de tudo com uma finalidade é chamada teleológica e, em Aristóteles, fundamenta-se na existência de uma natureza imóvel e parte de um universo finito, onde todas as coisas tendem para uma realização plena, ou seja, um fim.

No ser humano essa finalidade é a felicidade, alcançada através da ética, a qual, diferente dos outros saberes, é definida pela capacidade de um indivíduo pensar racionalmente e escolher as ações mais virtuosas.

Ética deontológica

Formada a partir das palavras gregas “deon” (dever) e “logos” (ciência), refere-se à ciência do dever, na qual agir corretamente é um imperativo, ou seja, uma obrigação, não importando as consequências. Em outras palavras, os princípios que orientam os atos são mais importantes que as consequências deles. O filósofo Kant defende essa ética.

Ética consequencialista

Em oposição à ética deontológica, para a ética consequencialista a única forma de julgar os atos é em função de suas consequências, ou seja, o valor das ações é julgado por seus resultados. Essa é a lógica do Utilitarismo de Jeremy Bentham, na qual agir de forma ética significa produzir a maior quantidade de bem-estar.

Questão – Enem 2016

Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de outro modo, nem sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o conhecimento científico envolve demonstração, mas não há demonstração de coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível deliberar sobre coisas que são por necessidade, a sabedoria prática não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a alternativa de ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas ou más para o homem.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo do saber prático. Nesse sentido, ela difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como

a) Conduta definida pela capacidade racional de escolha.

b) Capacidade de escolher de acordo com padrões científicos

c) Conhecimento das coisas importantes para a vida do homem.

d) Técnica que tem como resultado a produção de boas ações.

e) Política estabelecida de acordo com padrões democráticos de deliberação.

A alternativa correta é a letra A.

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Entenda as diferenças dos porquês

A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto.
https://infoenem.com.br/por-que-porque-porque-e-por-que-aprenda-a-diferenca-entre-cada-um-para-nao-errar-no-enem/

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