Faculdade de Direito da USP Adere ao Sisu 2018 Para 30% das Vagas

A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), do Largo do São Francisco, anunciou que irá aderir, já para o primeiro processo seletivo de 2018, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para 30% das vagas. Desta forma, tais postos serão ocupados exclusivamente por meio das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2017).

Conforme definido pelo conselho da universidade, além do uso do sistema do Ministério da Educação (MEC) como meio alternativo de ingresso, a Faculdade de Direito trará outra novidade: vai utilizar a política de cotas pela primeira vez.

Segundo a próprio assessoria de comunicação social da USP, do total de oportunidades do curso de direito que serão oferecidas via Sisu, 10% serão para destinadas a alunos de escola pública e 20% para os candidatos auto declarados pretos, pardos e indígenas.

Vale mencionar que a USP já aderiu ao Enem e Sisu parcialmente para diversos cursos a partir do ano de 2015, quando o sistema foi responsável pela entrada de 13,5% dos candidatos na universidade.

Entre as faculdades que usam o resultado do exame, temos a Escola de Comunicações e Artes (ECA), Escola Politécnica (Poli), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), entre outras.

É importante esclarecer também que cada faculdade/instituto da USP tem autonomia para optar pela forma de ingresso. Portanto, nem todas utilizam o Sisu como um dos critérios de classificação, permanecendo apenas com o processo seletivo tradicional da instituição, organizado pela Fundação Universitária para o Vestibular, a Fuvest. No ano passado, para se ter uma ideia, dos 143 cursos de graduação da USP, 85 utilizaram parcialmente o sistema unificado, enquanto outros 58 restantes não o fizeram.

O Centro acadêmico da Faculdade de Direito – XI de Agosto – manifestou apoio a decisão nas redes sociais

Esta luta também não se esgota em si mesma, pois 70% dos ingressantes da Faculdade de Direito ainda passam pelo vestibular de ampla concorrência da FUVEST, que persiste sem adotar um sistema de reserva de vagas efetivo, excluindo grande parte dos que não tiveram a chance de estudar em escolas particulares ou em cursinhos de renome.

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