Figuras de Linguagem no ENEM

As figuras de linguagem são recursos fundamentais da língua, elas servem para ilustrar, sensibilizar, atenuar ou acentuar as expressões de ideias, opiniões ou emoções do falante de língua portuguesa. O uso de figuras de linguagem se mostra como um processo elaborado para alcançar o objetivo da comunicação. Na prova de Linguagens do ENEM, as figuras de linguagem são muito usadas, portanto não deixe de estudar esse tema!

Aprender e dominar o uso da linguagem figurada, também conhecida como linguagem conotativa, é primordial para que o aluno consiga compreender as questões da prova de Linguagens no ENEM e também é igualmente importante para desenvolver uma excelente redação, portanto não é assunto para deixar de lado nos seus estudos para o ENEM. Neste contexto, conhecer as figuras de linguagem é parte importante desta compreensão.

Fonte: http://oficinadoestudante.com.br/gramaticando/4513/Figuras-de-Linguagem.html

Observe nos exemplos como as figuras de linguagem podem ser usadas:

1- Antônio precisou fazer uma cirurgia de emergência no coração.

2- O estado de São Paulo é considerado o coração da economia brasileira.

Nos dois enunciados, a palavra “coração” ganha significados diferentes.

Um desses significados é considerado denotativo, ou seja, o sentido dicionarizado, literal da palavra coração: órgão do corpo humano que recebe e bombeia o sangue do organismo.

O segundo significado é chamado de conotativo ou figurativo, que acontece quando a palavra extrapola seu sentido dicionarizado e ilustra (cria uma imagem) uma ideia. No caso do exemplo 2, a palavra “coração” quer dizer que o estado de São Paulo é vital, um dos mais importantes para a economia brasileira, afinal de contas, um estado não tem coração como um corpo humano.

Deste modo é possível concluir que a linguagem dá possibilidades de expressar não apenas a compreensão do mundo real, externo, mas também um mundo interior, psíquico, subjetivo. Para isso nós usamos recursos estilísticos, do qual fazem parte as figuras de linguagem, que ajudam a compreender os efeitos expressivos da nossa comunicação.

As figuras de linguagem mais comuns e, portanto, que aparecem com mais frequência nas questões de Linguagem do ENEM são:

Comparação: estabelece relação de semelhança entre dois seres ou fato, atribuindo uma ou mais características de um deles ao outro.  Para isso, é necessário usar palavras ou expressões comparativas, como: semelhante a, igual a , que nem, como, tal qual, etc.

Exemplos: Os cabelos dela eram negros como a asa da graúna.

Ele era veloz que nem um relâmpago.

Metáfora: também é uma comparação, usando uma palavra no sentido diferente de seu significado usual, a diferença é que a comparação nesse caso é subtendida, ou seja, não há uso de termos comparativos.

Exemplos: Alice é uma fada.

O mercado estava um formigueiro.

Metonímia: é a troca de uma palavra ou expressão por outra quando existe entre elas uma proximidade de sentido, é diferente da metáfora porque a semelhança que se estabelece na metonímia só acontece se houver proximidade de sentidos entre as palavras ou expressões trocadas.

Exemplo: As crianças estavam com tanta fome que comeram dois pratos cheios.

(troca de “prato” por “comida”).

Personificação: também chamada de prosopopeia, consiste em atribuir a seres sem vida ou a seres irracionais características humanas.

Exemplos: O carro velho gemia, pedindo a ajuda de um mecânico.

O tigre estava ansioso para voltar à selva.

Hipérbole: É o uso do exagero intencional para intensificar o significado e impressionar o interlocutor.

Exemplo: Estou morrendo de fome, não como nada há 30 minutos./ Já pedi mil vezes para pararem.

Antítese: uso de palavras ou expressões com sentido opostos em um mesmo enunciado para causar contraste e realçar a expressividade de cada uma delas.

Exemplo: A vida é cheia de surpresa, a morte é a única certeza.

Paradoxo: além da antítese, outra figura de linguagem faz uso de oposições para realçar o efeito expressivo e acentuar uma determinada ideia, o paradoxo, porém, nessa figura, as ideias ou palavras se negam ou anulam o sentido uma da outra.

Exemplo: Amor é ferida que dói e não se sente.

Eufemismo: é a atenuação de uma determinada ideia, com a intenção de suavizá-la, é usada geralmente com fatos desagradáveis, situações constrangedoras ou chocantes  para reduzir a carga negativa.

Exemplo: Partir dessa para uma melhor (morrer) / Faltar com a verdade (mentir).

Ironia: tem um efeito eficiente para críticas, é usada forma de expressão que possibilita ao ouvinte ou leitor perceber que a intenção do falante é censura, crítica ou ridicularização. É frequente em charges e tirinhas para causar efeito de humor.

Exemplo: Tem como deixar esse chão mais sujo? (Para criticar a sujeira do chão).

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