Guia de Profissão 2013: Engenharia de Produção

Engenharia de Produção é o ramo da engenharia que planeja, projeta e gerencia sistemas organizacionais que envolvem recursos humanos, materiais, tecnológicos, financeiros e ambientais, visando principalmente melhorar a produtividade de uma empresa.

Certamente, uma das principais características desse engenheiro é a multidisciplinaridade, pois este profissional é capaz de unir conhecimentos de administração, economia e engenharia para racionalizar o trabalho, aperfeiçoar técnicas de produção e ordenar as atividades financeiras, logísticas e comerciais da empresa.

Já o curso, em geral, foca inicialmente nas disciplinas básicas de Engenharia (matemática, física, química e informática). Posteriormente, entram as matérias específicas de produção, como gestão de investimentos, organização do trabalho, economia e estratégia de empresas. Nos últimos anos, acrescentam-se as aulas de Sociais Aplicadas, como administração e economia.

Com uma formação tão ampla, esse profissional pode seguir por diversos caminhos na carreira. Alguns vão para a indústria, outros para a área de finanças, outros para áreas comerciais, outros, ainda, para a pesquisa ou abrem o próprio negócio. Se continuar investindo em sua formação, com mestrado, por exemplo, o profissional assume funções de gestão e direção, independente do ramo em que se encontra.

 

Média Salarial inicial
Segundo o CREA-SP, o salário médio inicial é de R$ 3.732,00 (6 horas diárias).

 

Onde estão os melhores cursos?
De acordo com o Guia dos Estudantes 2013, estes são os melhores cursos engenharia de produção do país.

 

Entrevista
Para conhecer mais sobre as possibilidades de um engenheiro de produção e sobre o respectivo curso, convidamos para uma entrevista Arthur Bortoluci, graduado pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar (2009) e que atua como gestor de negócios do CANAL KEY ACCOUNT FARMA, na empresa JOHNSON & JOHNSON.

1.Porque escolheu o curso de Engenharia de produção?
Todos sabem que escolher uma profissão aos 17/18 anos é uma tarefa muito complexa, pois a escolha direciona todos os seus próximos passos profissionais. Eu já sabia que queria seguir a carreira de engenheiro quando tinha esta idade, mas qual engenharia? Não conhecia a fundo o trabalho de nenhuma delas. Sabia que era uma profissão conceituada no mercado profissional, mas entre tantas opções escolhi uma engenharia que abrangia várias outras – Engenharia Física, uma novidade na época. Foi somente dentro da faculdade que percebi que para continuar no ramo de Engenharia Física teria que seguir no meio acadêmico, e não era isso que tinha imaginado. Comecei a buscar mais informações e o curso que abrangia todas as técnicas de engenharia administrativa, ou seja, a engenharia que abrangia várias áreas para o mercado de trabalho era a Engenharia de Produção. Logo, tomei minha decisão.

2. O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
O curso ensina o aluno a ser um administrador com técnicas de engenharia. Força o estudante a ter um raciocínio rápido de engenheiro com técnicas que facilitam a vida de um profissional no mercado de trabalho. O foco principal é o planejamento e controle de uma linha de produção. A principal dificuldade que tive foi segurar minha ansiedade para trabalhar como engenheiro. O horário das aulas da UFSCar não possibilitava o inicio de estágio antes do último ano, ou seja, aprendíamos técnicas administrativas e ferramentas que nos ajudariam em uma linha de produção, mas não tínhamos como executar na prática.

3 Como é exercer a profissão de engenheiro de produção? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Foi quando eu iniciei minha trajetória profissional que eu realmente percebi que tinha escolhido o curso certo. Eu queria uma Engenharia mais aberta, menos direcionada a um ramo específico, pois não sabia ao certo onde gostaria de trabalhar. E o curso de Engenharia de Produção fez com que eu tivesse a possibilidade de trabalhar em diversos ramos para que minha escolha fosse mais assertiva. O primeiro estágio que consegui foi na área de Marketing, em um banco. Nunca imaginaria que um engenheiro pudesse trabalhar na área de Marketing. Antes de terminar o curso, fiz meu segundo estágio, na área de qualidade em uma linha de produção fabril, e percebi que não era dentro de uma fábrica que gostaria de trabalhar. Por isso, quando me formei, busquei somente áreas relacionadas a Customer Service nos trainees que participei. Hoje sou um gestor de negócios na área de vendas, ou seja, um vendedor de produtos atendendo diretamente clientes de varejo. Mesmo assim utilizo muito as técnicas de melhorias de processo em uma linha de produção que aprendi na faculdade, apenas redirecionei para meu trabalho atual.

4. No atual momento econômico brasileiro, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os engenheiros de produção?
O mercado de trabalho sempre foi muito competitivo e as empresas pedem cada vez mais profissionais que consigam trabalhar em diversas áreas. A rotação de cargos, o chamado “job rotation”, está em alta nas empresas atualmente e este indicador facilita a entrada do engenheiro de produção no mercado. Outra grande característica deste profissional, e que está sendo valorizada atualmente pelo mercado, é a facilidade de visualizar oportunidades dentro de uma área específica. O engenheiro de produção consegue utilizar as ferramentas de melhorias de processos que aprende na faculdade em diversas áreas e não mais somente em uma linha de produção.

5. Quais as principais características que você acredita serem necessárias para quem escolher a profissão de engenheiro de produção?
A ideia de que a Engenharia de Produção consiste na Engenharia de Administração é pura verdade, e o interessante disso é que não existe uma característica específica para que alguém se torne engenheiro de produção. Existem vários ramos que este profissional pode atuar. Se ele for multitarefas, vai conseguir ter espaço no mercado de trabalho em empresas multinacionais. Se ele for muito analítico, pode trabalhar na área de TI (tecnologia da informação) com melhorias de processos, pois também terá uma base sólida em análise de dados. Se ele for muito criativo, consegue se encaixar em alguma agência de marketing e com sua base analítica se diferenciar dos outros. Ou seja, com as ferramentas administrativas e uma base sólida de engenharia, na minha opinião, o Engenheiro de Produção é o engenheiro mais completo hoje para o mercado de trabalho.

6. Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Se você não sabe ou ainda está em dúvida com o curso que colocou na ficha de inscrição do vestibular, não fique preocupado. Focar nos estudos é o melhor jeito de tirar essa dúvida da cabeça. Se você tem medo de perder tempo ao entrar em uma faculdade e depois descobrir que não era aquilo que queria, não se preocupe, pois nada que você aprende é jogado fora. Todas as informações que você absorve faz com que você se torne um profissional mais capacitado. Conheço pessoas que perderam algum tempo em decidir a sua profissão, mas ganhou muito com a diversidade de conhecimento que tinha.

Após esta esclarecedora entrevista, como de praxe em nosso Guia, disponibilizamos abaixo alguns sites e blogues com mais informações sobre esta bela carreira. Vale a pena acessar. E já fica combinado nosso encontro para a sexta-feira que vem, com mais uma matéria do “Guia de Profissão 2013” do Portal infoEnem!

http://www.abepro.org.br/

http://aengenhariadeproducao.blogspot.com.br/

http://engenhariadeproducaoindustrial.blogspot.com.br/

http://engenharia.alol.com.br/joomla/

http://arquivos-engenharia-producao.blogspot.com.br/

 


*A equipe infoEnem agradece ao Engenheiro Arthur Bortoluci pelo pronto atendimento ao nosso pedido e por esta ótima entrevista, que certamente acrescentou muito aos nossos leitores

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