Na última quinta-feira, 5 de fevereiro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) notificou que a ação movida contra a quadrilha acusada de fraudar vestibulares de medicina e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será enviada para julgamento da Justiça Federal.
Segundo esclarecimento do TJ mineiro, o desembargador responsável pelo caso, Doorgal Andrada, repassou o julgamento para a justiça federal por entender que os crimes praticados pelo grupo afetam a União, justamente por envolver uma prova nacional como o Enem 2014.
Tendo 11 integrantes detidos no final do mês de novembro do ano passado, no estado de Minas Gerais, a quadrilha vendia e repassava os gabaritos do exame utilizando equipamentos de tecnologia avançada como pontos eletrônicos e aparelhos de telefonia GSM, para longo alcance. Além disso, membros chamados “pilotos” resolviam rapidamente as provas e saiam com os cadernos e gabaritos. O grupo cobrava valores entre 70 e 200 mil reais por candidato.
Além da edição do ano passado do exame nacional, os criminosos também são suspeitos de fraude no Enem 2013 e em vestibulares de medicina de universidades privadas.
De acordo com as investigações, três elementos eram peças chave na quadrilha: um jovem do município de Teófilo Ottoni (MG), um empresário que reside na cidade do Guarujá (SP) e um policial civil de Governador Valadares, também em Minas.
A polícia também deve investigar e apurar empresas que podem ter participado do esquema auxiliando na importação da aparelhagem, que foi trazida da China por um dos cabeças do grupo.
Vale esclarecer que este caso isolado não tem relação alguma com a polêmica do vazamento do tema da redação do Enem 2014, que chegou inclusive a motivar uma ação para cancelar a prova dissertativa do exame, a qual já foi negada.
Assim que a decisão da Justiça Federal for tomada em relação ao caso, divulgaremos aqui no Portal infoEnem.