Maritimidade e Continentalidade – Geografia Para o Enem

Quando falamos sobre o clima de uma determinada região, podemos enumerar uma série de fatores que interferem na temperatura, no índice de chuvas, nos ventos e na umidade, como por exemplo altitude, localização geográfica e relevo. Entretanto, existem dois outros fatores de extrema importância no estudo deste assunto, a maritimidade de a continentalidade, e é sobre eles que falaremos neste artigo de Ciências Humanas (Geografia) para o Enem.

Como o nome sugere, a maritimidade relaciona-se àquelas regiões próximas ao mar e a continentalidade às mais distantes dele. Mas como o mar pode interferir no clima?

Em regiões mais próximas ao oceano, a umidade do ar é maior, o que acarreta em uma maior incidência de chuvas, ou seja, maior é o índice pluviométrico. Conforme nos distanciamos do oceano, o ar tende a ser mais seco e o índice pluviométrico menor.

Observando a variação de temperatura da água e do solo, é possível perceber que a água retém calor por um maior período de tempo, ou seja, água demora mais para ter sua temperatura aumentada ou reduzida. Um exemplo clássico que representa esta afirmação é o clima desértico, em que a água é escassa e durante o dia, quando o sol incide sobre o solo, a temperatura chega a valores extremamente altos, enquanto a noite, o solo esfria rapidamente e a situação se inverte, a temperatura chega a valores extremamente baixos. Deste modo, a maritimidade faz com que uma as regiões próximas ao mar tenham uma baixa amplitude térmica, ou seja, uma baixa variação entre temperatura máxima e temperatura mínima, e a continentalidade resulta no oposto, uma alta amplitude térmica.

Quando olhamos o mapa mundi, podemos observar que, no hemisfério sul, a área composta por oceanos é maior que no hemisfério norte. Assim, é possível explicar o inverno mais forte no hemisfério norte. Já no Brasil é possível visualizar os dois fatores acontecendo, já que o país apresenta extensas áreas costeiras e extensas áreas interioranas. Na região centro-oeste, por exemplo, observa-se claramente os resultados da continentalidade, como baixa umidade, baixo índice pluviométrico e elevada amplitude térmica, assim como nas praias brasileiras observa-se alta umidade, alto índice pluviométrico e baixa amplitude térmica. Entretanto, a região Norte caracteriza-se como uma exceção, já que nas áreas cobertas pela Floresta Amazônica o ar é úmido e o índice pluviométrico é elevado devido à vegetação.

É importante ressaltar que estes são dois fatores importantes, mas não são os únicos que interferem no clima de uma região. Para entendê-lo é imprescindível estudar todos estes fatores, já que um interfere no outro. Vale lembrar também que ações antrópicas tem alterado o clima do planeta, portanto devemos considerar este fator também no estudo do clima.

Para entender melhor essa relação destes fatores com o clima, é possível analisar cada uma das regiões do planeta, observando a interferência desses dois fatores e dos outros que falamos anteriormente na temperatura, na umidade e na pluviosidade. Desta forma, fica mais fácil entender cada um dos climas e suas características. Mas isso já fica para um próximo artigo.

Até lá!!

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