Quando vemos um local como o da imagem abaixo, árido, com a terra seca, podemos pensar que ela foi sempre assim. Mas será que foi mesmo? Neste artigo, vamos entender o que é, e como e por que ocorre o processo denominado desertificação.
A partir do nome, é possível perceber que desertificação é um processo no qual uma determinada região vira deserto, causando alterações no solo, na vegetação, no ar e em toda a vida que existe ao redor.
Tanto as ações antrópicas (realizadas pelo homem) quanto as mudanças climáticas naturais podem ser responsáveis por tal processo e as áreas mais afetadas são aquelas que já apresentam uma baixa umidade, o que mostra que é possível analisar uma região para entender sua suscetibilidade à desertificação. Em relação às ações antrópicas, o que mais aumenta esse processo é o desmatamento. Além disso, áreas de pecuária extensiva também estão sujeitas a esse processo, assim como as áreas onde ocorrem queimadas, onde são utilizados muitos agrotóxicos, entre outros motivos.
Em relação às causas naturais, o que pode causar desertificação são as secas que duram um longo período.
Quando uma área já sofre com a desertificação, a cobertura vegetal se torna cada vez mais escassa, o que faz com que a chuva atinja o solo diretamente, carregando seus nutrientes. Deste modo, sua fertilidade é comprometida e é comum ocorrer o processo de erosão.
As consequências desse processo não são somente naturais, os âmbitos social e econômico também são afetados. Em uma área desértica, a água é escassa e a produção agrícola é muito mais difícil, o que pode aumentar a pobreza e a fome.
Em meio a todas essas consequências, em 2010, a ONU declarou que entre os anos 2010 e 2020, haveria um maior esforço para reduzir tal processo, seria a “Década das Nações Unidas para os desertos e a luta contra a Desertificação”. Além disso, no dia 17 de junho é comemorado o “Dia Mundial do Combate à Desertificação”, que chama a atenção do mundo para este problema.
Este problema atinge o mundo todo. No Brasil, as áreas mais afetadas são o sertão nordestino, o norte do Mato Grosso, norte de Minas Gerais e parte do Tocantins, afetando cerca de 400.000 pessoas.
Existe um outro processo, denominado arenização, que pode ser confundido com a desertificação. A arenização também tem consequências como a redução da cobertura vegetal, da fertilidade do solo e da fauna e flora local, entretanto, esse processo ocorre em locais que não tem uma precipitação tão baixa, ou seja, chove constantemente. Um exemplo de local onde ocorre este processo é sudoeste do Rio Grande do Sul, onde há os Pampas Gaúchos e a arenização causa a formação de bancos de areia.
Para que este problema não aumente, é importante realizar análises em uma área antes de fazer um determinado cultivo, ou de praticar a pecuária extensiva. Além disso, as políticas governamentais de combate ao desmatamento também são de extrema importância, já que esta é a maior causa do problema.
1 comment