Quem foi Simone de Beauvoir

Você já ouviu falar na filosofa francesa Simone de Beauvoir? Nos últimos anos, a figura de Simone se tornou central nos debates em redes sociais, principalmente quando o debate estava vinculado a questão de gênero. Nesse artigo iremos debater mais sobre a ideia de gênero e seus padrões, bem como entender de que maneira a vida e obra de Simone de Beauvoir se conectam com esse campo de estudos. Vamos lá?

A vida de Simone

Simone nasceu na França em 1908, passando a maior parte de sua infância e juventude estudando em instituições religiosas, visto que cresceu dentro de uma família católica. Apesar disso, Simone tornou-se ateísta, e mesmo tendo estudado matemática na juventude, acabou seguindo o caminho da filosofia, graduando-se na Universidade de Sorbonne. É na Sorbonne que Simone conhece Jean Paul-Sartre, outro famoso filosofo da modernidade, que foi seu parceiro acadêmico e romântico por grande parte de suas vidas – importante frisar que Beauvoir e Sartre não tinham um relacionamento monogâmico, ou seja, se relacionaram com outras pessoas ao longo da vida, não tendo, assim, deixado filhos.

Simone atuou como professora nos anos anteriores a ocupação da França pelos nazistas. Como filosofa, fundou em 1945 com Sartre, Merleau-Ponty e Raymnond Aron, a revista mensal Les Temps Modernes, onde difundiam suas ideias. Simone foi autora de um dos maiores clássicos do movimento feminista moderno e contemporâneo, o “O Segundo Sexo”, livro sobre o qual iremos conversar mais agora.

O Segundo Sexo e o movimento feminista

Essa obra de Beauvoir foi vital para a época em que foi publicada, visto que, até então, muitas mulheres sentiam-se reprimidas quanto aos seus pensamentos, comportamentos e identidades. A ideia de Simone, resumidamente, nessa obra, é a da importância do corpo – e nesse caso, como os corpos das mulheres e os significados sociais atribuídos para as mulheres e seus corpos, definem sua existência. Resumidamente, e simplificando a ideia de Beauvoir, a simbologia social dada para as mulheres e seus respectivos corpos, condicionam a essas mulheres a existência como feminino – nenhuma mulher nasce gostando de se maquiar, ou de usar saltos incômodos, ou de depilar todos os pelos de seu corpo, ou de vestir rosa, ou de estudar em áreas de baixa remuneração, ou de ter talento para o cuidado, ou de trabalhar em cargos de “colarinho rosa”; essas coisas são ensinadas pela sociedade às mulheres, e são esses estereótipos que fazem com que a mulher, seja, de fato, uma mulher. São esses tabus e padrões sociais direcionados ao feminino que fazem com que violência e discriminação de gênero sejam legitimadas, ou ao menos vistos como legítimos.

O livro “O Segundo Sexo” abrange diversas outras questões, mas a ideia mais atribuída ao pensamento filosófico de Beauvoir está relaciona a questão do corpo feminino e das normas sociais aplicadas nesse corpo. Foi esse posicionamento que deu gás para a onda feminista dos anos 60, onde o corpo, a liberdade de expressão, e a liberdade sexual foram pautas-chave do movimento em diversas partes do mundo ocidental. Toda essa tese pode ser resumida em uma frase: “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. O sujeito mulher que a sociedade reconhece não nasce com os atributos que lhes são atribuídos, mas sim os desenvolve ao longo do tempo em virtude da socialização em um ambiente patriarcal.

QUESTÃO – Enem 2015

“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino”

BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980

Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a)

a) ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.

b) pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho.

c) organização de protestos púbicos para garantir a igualdade de gênero.

d) oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos.

e) estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.

ALTERNATIVA CORRETA – C

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Por quê, Porquê, Porque e Por que: aprenda a diferença entre cada um para não errar no Enem!

A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto.
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