Redação no Enem: A Importância das Fontes Confiáveis

As propostas de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são conhecidas por abordar temas atuais relacionados ao contexto sócio-histórico brasileiro e que suscitem debates entre diferentes instituições da sociedade e a população de um modo geral.

Deste modo, há uma grande expectativa, de professores, de alunos e de candidatos para tentar trabalhar e abordar, em sala de aula, o tema que será proposto na prova de produção textual daquele ano e, assim, “acertar” o tema da redação do Enem (confira nossa lista de possíveis temas para 2017).

Uma das estratégias para pensar nas possibilidades do corrente ano é refletir sobre quais assuntos estavam em destaque na mídia, nas redes sociais e na sociedade brasileira em geral no segundo semestre de 2016 e quais assuntos estão em destaque, nas mesmas esferas, no primeiro semestre de 2017, já que, normalmente, as provas ficam prontas no meio do ano.

Nesta reflexão, vários temas são selecionados por professores, alunos do Ensino Médio e candidatos ao Enem, que fazem cursinhos preparatórios, e aulas e debates são organizados a fim de se abordar determinados temas e, nesta pesquisa, sabemos que a maioria das informações, se não todas, são retiradas da internet – sites e portais de notícias, jornais online, vídeos de canais do YouTube, redes sociais, blogs, podcasts, plataformas wikis como a Wikipedia etc. – na qual há um conteúdo correto e confiável e na qual também há conteúdo falso, equivocado e, por vezes, mentiroso.

Neste mundo online, tão vasto e repleto de informações, é de fundamental importância checar a fonte do texto antes de confiar completamente no que ele afirma e isso vale para todos os gêneros (notícias, reportagens, artigos de opinião, artigos científicos, ensaios, resenhas, análises, infográficos etc., só para citar alguns dos gêneros mais lidos por estudantes do ensino básico), para a autoria, já que há vários textos atribuídos erroneamente a autores consagrados (os principais são Clarice Lispector, Luís Fernando Veríssimo, Jô Soares, Arnaldo Jabor, dentre outros) e também vale para todo mundo, diga-se de passagem, não só para candidatos ao Enem.

Ao buscar informações sobre determinado tema na internet, procure pesquisar em sites de jornais e revistas reconhecidos e isso não quer dizer apenas aqueles que circulam na grande mídia, já que há excelentes periódicos que possuem uma circulação menor, mais restrita, mas nem por isso não trabalham neles jornalistas íntegros.

Ao ler certos argumentos, reflita se eles não estão alicerçados em preconceitos, discriminações e se não são discursos extremistas que desrespeitam os Direitos Humanos. Também cheque se não há incoerência externa entre o argumentação ou a afirmação e a realidade.

Todo cuidado é pouco na hora de ler e na hora de escrever, em uma dissertação-argumentativa, qualquer afirmação e argumento, pois uma informação falsa pode levar a incoerências internas e externas, contradições e a um desvio de raciocínio e até ao desrespeito dos Direitos Humanos.

 


*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA é graduada em Letras/Português e mestra em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente trabalha na área da Educação exercendo funções relacionadas ao ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Redação. Foi corretora de redação em importantes universidades públicas e do Curso Online do infoEnem. Além disso, também participou de avaliações e produções de vários materiais didáticos, inclusive prestando serviço ao Ministério da Educação (MEC).

**Camila é colunista semanal sobre redação do nosso portal. Seus textos são publicados todas as quintas!

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