A edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano de 2016 será realizada nos dias 5 e 6 de novembro e muitos candidatos se perguntam o que fazer na véspera do exame.
Em relação à prova de redação, passou o momento de escrever dissertações-argumentativas a todo o vapor sobre os mais variados temas. Agora, é hora de focar no que pode ser melhorado nos textos e de revisar os possíveis temas.
Neste sentido, o ideal é que o candidato guarde, ao longo do ano, as redações corrigidas pelos seus professores a fim de analisá-las no decorrer do tempo com o objetivo de verificar em quais aspectos a escrita pode ser melhorada, focando quais competências da grade de correção da prova de redação podem e devem ser melhor cumpridas. É por isso que a revisão e a reescrita das dissertações-argumentativas são fundamentais ao longo de todo o Ensino Médio (se possível, ao longo do segundo ciclo do Ensino Fundamental também) para que o aluno incorpore o hábito de escrever e reescrever, prestando atenção em seus desvios.
Na hora de receber uma redação corrigida pelo professor, o aluno e futuro candidato do Enem não deve apenas olhar para a nota total e guardar o texto numa pasta no fundo do armário; a correção é essencial para refletir sobre o que pode ser melhorado e o momento de focar neste quesito é agora. O mesmo vale para os alunos do Curso de Redação do Portal infoEnem.
Feito isso, as redações que obtiveram notas máximas em edições passadas do Enem atuam, neste momento, como fontes de inspiração. Por exemplo: o candidato que, ao analisar seus textos, conclui que deve ser mais detalhista e prático na quinta competência (elaborar proposta de intervenção social para o problema abordado respeitando os direitos humanos) pode ler as propostas de intervenção social de dissertação-argumentativas nota mil que analisamos nesta coluna e analisar o seu grau de detalhamento e praticidade, já que soluções genéricas e amplas são as menos pontuadas nesta competência.
Já em relação ao provável tema da prova de redação do Enem 2016, nenhum professor é guru ou vidente; todos os palpites são apenas isso, palpites que têm como objetivos fazer os candidatos se informarem sobre determinados temas, algo que deveria ter sido feito ao longo de todo o ano. Porém, nesta semana, essa parte da preparação e do estudo pode se intensificar com a leitura de jornais, revistas e portais de notícias da internet, além dos textos desta coluna que analisaram, em 2016, os mais variados temas que ficaram em alta na mídia brasileira.
Neste sentido, nunca é demais repetir que a tradição da prova de redação do Enem é abordar um tema situado no contexto social e histórico brasileiro e que deve ser solucionado de uma forma que respeite os direitos humanos. Deste modo, o Enem exige do candidato uma postura cidadã, proativa e respeitosa que não incite a violência de maneira nenhuma.
Partindo para o dia da prova de redação do Enem 2016, domingo, dia 6 de novembro, cada candidato deve escolher se escreve a dissertação-argumentativa antes ou depois das questões, processo que deveria ter sido testado ao longo de todo ano, em simulados, por exemplo. Aos que optarem por realizar a redação depois de resolver as questões, leiam a proposta antes para, pelo menos, já saberam qual será o tema.
Em relação ao processo de escrita, não deixem de fazer o rascunho; ele é o momento mais importante da realização da prova de redação, pois é nele que o texto será planejado e organizado. Ao passar a limpo, o candidato deve atentar-se à letra, que deve ser legível, e evitar rasuras, já que o uso de corretivo é proibido em vestibulares em geral.
No que diz respeito ao tempo, neste dia, é acrescida uma hora no tempo de prova por conta da proposta de redação e o candidato deve administrá-lo da melhor maneira possível.
Na próxima quinta-feira, dia 10 de novembro, a coluna de redação do infoEnem trará a análise da proposta de redação do Enem 2016; aguardem!
Desejamos a todos os candidatos boa sorte no Enem 2016!
*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA é graduada em Letras/Português e mestra em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente trabalha na área da Educação exercendo funções relacionadas ao ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Redação. Foi corretora de redação em importantes universidades públicas. Além disso, também participou de avaliações e produções de vários materiais didáticos, inclusive prestando serviço ao Ministério da Educação (MEC).
**Camila é colunista semanal sobre redação do nosso portal. Seus textos são publicados todas as quintas!