Em 2016, o Enem PPL tratou de uma questão importantíssima e relevante: “Alternativas para a diminuição do desperdício de alimentos no Brasil”. Tal mazela estende-se a nível mundial, e trataremos disso ao pensarmos na construção da argumentação. Primeiramente, vamos relembrar a proposta:
Indice
TEXTO I
Um terço dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçado a cada ano – junto com toda a energia, mão de obra, água e produtos químicos envolvidos em sua produção. O Brasil tem 3,4 milhões de brasileiros que estão em situação de insegurança alimentar, o que representa 1,7% da população. Segundo relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), de 2013, 805 milhões de pessoas, ou seja, 1 em cada 9 sofre de fome no mundo.
Disponível em: www.bancodealimentos.org.br
TEXTO II
O desperdício de alimentos no Brasil chega a 40 mil toneladas por dia, segundo pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Anualmente, a quantia acumulada é suficiente para alimentar cerca de 19 milhões de pessoas diariamente.
Disponível em: www.redebrasilatual.com.br
Texto III
TEXTO IV
O desperdício de alimentos nas sociedades ricas resulta de uma combinação entre o comportamento do consumidor e a falta de comunicação ao longo da cadeia de abastecimento. Os consumidores não conseguem planejar suas compras de forma eficaz e, por isso, compram em excesso ou exageram no cumprimento das datas de validade dos produtos. Por outro lado, os padrões estéticos e de qualidade levam os distribuidores a rejeitar grandes quantidades de alimentos perfeitamente comestíveis. Nos países em desenvolvimento, as grandes perdas pós-colheita, ainda na fase inicial da cadeia alimentar, são o principal problema.
Disponível em: www.onuverde.org.br
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo argumentativo em modalidade escrita formal da íngua portuguesa sobre o tema “Alternativas para a diminuição do desperdício de alimentos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
Desenvolvimento da redação
Os três primeiros textos motivadores em 2016 eram expositivos. Entre dois textos e uma imagem informativa, temos dados que informam quantas pessoas passam fome no Brasil e no mundo e como o desperdício gerado em cada etapa da produção do alimento até a chegada em nossa mesa poderia colaborar para diminuir os índices de fome. No quarto texto já há uma análise com abordagem mais comportamental, de setores sociais mais específicos, que também poderiam colaborar na diminuição do desperdício, caso os comportamentos em questão fossem repensados.
Como os textos motivadores já trouxeram vários dados em relação ao assunto, aqui o trabalho de coletar conteúdo externo e variado pode parecer mais difícil, mas não precisa ser. Um dos setores da alimentação que não é mencionado em nenhum momento é o de restaurantes, lanchonetes e bares, por exemplo. Sendo assim, há um setor inteiro a ser tratado com números e até exemplos (com nomes, para garantir a veracidade da informação) que vai incrementar e embasar a construção da argumentação. Esses dados extras servirão muito bem de complemento ao ciclo do desperdício já demonstrado nos textos motivadores.
Ao iniciarmos a construção do nosso texto propriamente dito, pode ser interessante introduzir o tópico mencionando os índices mundiais de desperdício, expostos no primeiro texto motivador. A partir daí, é necessário afunilar e começar a tratar exclusivamente dos índices brasileiros. Isso precisa acontecer pelo fato de termos o trecho “no Brasil” na frase temática. Tratar do tema em qualquer outro lugar que não o nosso país ou apenas em âmbito mundial, sem mencionar o Brasil, pode acabar causando uma tangência no tema, diminuindo muito a possibilidade de nota, por isso o cuidado a ser tomado. Os índices mundiais aqui devem servir apenas como introdutórios. A partir do estabelecimento dos índices nacionais, incluindo os extras (de bares, restaurantes e lanchonetes), pode-se iniciar alguns caminhos interessantes. Como demonstrado na figura do terceiro texto motivador, o desperdício ocorre nas mais variadas etapas da produção de alimentos: da colheita até nossas mesas. No entanto, como há apenas 30 linhas a serem ocupadas, talvez não seja possível tratar de cada uma delas em detalhes. Sendo assim, escolher uma das fases, talvez levando em conta a que mais desperdiça ou a que acha ser possível resolver mais rapidamente, e estabelecer as formas com as quais os alimentos são desperdiçados, além dos índices conhecidos e o quanto os mesmos poderiam alimentar pessoas que enfrentam a fome pode ser um bom caminho que levará a uma facilidade maior no estabelecimento da proposta de intervenção.
Finalmente, como sempre, é hora de sugerir uma proposta de intervenção para o problema. Não deve ser nada difícil neste caso pensar em alguma, já que há inúmeras fases de produção de alimentos, inúmeras formas de desperdício e, consequentemente, inúmeras possibilidades de resolução. É preciso ficar atento, porém, à opção de fase de desperdício que escolheu e sobre a qual desenvolveu a argumentação, para que a proposta esteja relacionada, já que isso contribui para a coesão e coerência do texto de forma geral. Por fim, detalhando bem a intervenção, como sempre é necessário fazer no Enem, o trabalho está encerrado!
O que acharam do tema deste ano? Importante, não é mesmo? Quais soluções sugeririam? Contem tudo pra gente nos comentários e até a semana que vem!
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