As relações ecológicas podem ocorrer de forma intraespecífica (entre indivíduos da mesma espécie) ou interespecífica (entre indivíduos de espécies diferentes). As relações que são benéficas ou não causam danos a nenhuma das partes são chamadas de relações harmônicas e as que causam prejuízo a pelo menos uma das partes são chamadas de desarmônicas. O canibalismo é um tipo de relação ecológica intraespecífica desarmônica, levando em consideração que se trata de um fenômeno em que indivíduos se alimentam de outros seres da mesma espécie. Contudo, apesar de ser classificado como desarmônico, veremos que esse tipo de relação apresenta também algumas vantagens e o equilíbrio entre essas desvantagens e vantagens, permitiu que o comportamento evoluísse até as espécies atuais.
Embora esse tipo de interação não pareça tão frequente, ocorre em diversas espécies e é comum no reino animal, como é o exemplo da espécie de peixe Hoplias lacerdae, comumente conhecido como Trairão. Nos peixes e em outros grupos, o canibalismo pode ocorrer por influências genéticas e comportamentais. Por exemplo, as populações com grande heterogeneidade de tamanho entre os indivíduos, são mais propensas a desenvolverem interações de dominância social resultando na agressividade, além disso, a baixa quantidade de nutrientes pode ser também um fator desencadeador do canibalismo em diversas espécies.
Outro subtipo de canibalismo, é o sexual que consiste no ato da fêmea de uma espécie predar o um macho potencial parceiro de cópula. É um comportamento muito comum entre as aranhas como a espécie Dolomedes triton, e, também, entre outros invertebrados como é o caso do louva-deus. O canibalismo sexual mais recorrente é o pós-copulatório, a predação do macho pode representar para fêmea um valor nutricional complementar para compor sua prole, aumentando sua fertilidade e viabilidade de produção para os seus ovos. Já para o macho, a vantagem de se expor a predação da fêmea é a garantia da paternidade, sendo que em algumas espécies, como é o caso da Nephila fenestrata, o macho fica acoplado por horas a fêmea a fim de impedir a chance de copulação com outros machos e aumentar a sua, garantindo assim o seu sucesso reprodutivo.
Fonte: http://techietonics.com/eco-tonics/femme-fatale-mantis-deceives-males-for-snacking-risking-lives-for-sex.html
Indice
Questão – Enem 2013
As fêmeas de algumas espécies de aranhas, escorpiões e de outros invertebrados predam os machos após a cópula e inseminação. Como exemplo, fêmeas canibais do inseto conhecido como louva-a-deus, Tenodera arídofolia, possuem até 63% da sua dieta composta por machos parceiros. Para as fêmeas, o canibalismo sexual pode assegurar a obtenção de nutrientes importantes na reprodução. Com esse incremento na dieta, elas geralmente produzem maior quantidade de ovos.
BORGES, J. C. Jogo mortal. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado).
Apesar de ser um comportamento aparentemente desvantajoso para os machos, o canibalismo sexual evoluiu nesses táxons animais por que
a) promove a maior ocupação de diferentes nichos ecológicos pela espécie.
b) favorece o sucesso reprodutivo individual de ambos os parentais.
c) impossibilita a transmissão de genes do macho para a prole.
d) impede a sobrevivência e reprodução futura do macho.
e) reduz a variabilidade genética da população.
Resposta correta: b
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A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto.
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O que é SiSU?
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