Seres Vivos – Compreendendo os Protozoários

Muitas vezes os protozoários acabam sendo deixados de lado durante os estudos da organização dos seres vivos, contudo é importante entender algumas características desses organismos para a melhor assimilação das protozooses (doenças causadas por protozoários), as quais têm uma elevada incidência nos vestibulares tradicionais e no Enem. Iniciemos então a análise dos protozoários:

Há uma grande variedade deles no planeta e por isso insistir em um grau elevado de detalhamento fugiria dos nossos propósitos. Em resumo, são seres eucariontes e unicelulares.

O exemplo mais comum é a ameba, um protozoário de água doce, com interações constantes com o ambiente. Em seu interior encontra-se o núcleo com DNA, há ainda o citoplasma constituído pelo citosol e as organelas celulares envolvidas. A ameba movimenta-se por pseudópodes, estruturas locomotoras formadas a partir do citoplasma e que, além da movimentação, participam do processo de ingestão de alimentos. Além disso, a ameba apresenta dois tipos de vacúolos – digestivo e pulsátil (ou contrátil). O alimento é englobado a partir dos pseudópodes e é digerido a partir dos vacúolos digestivos com a participação das enzimas dos lisossomos. Uma parte dos nutrientes fornece energia para a respiração celular – a qual utiliza gás oxigênio, dessa forma a ameba é aeróbia – o oxigênio é obtido do ambiente e atravessa a membrana da célula amebiana por meio da difusão. Os resíduos tóxicos da atividade metabólica, como a amônia, são também eliminados por difusão.

O vacúolo pulsátil atua na osmorregulação da ameba – isto é, controla a entrada e saída de água em excesso – por viver em ambientes de água doce, a concentração salina no interior da ameba é maior do que no meio no qual ela está inserida. Assim, a água passa do meio de menor concentração para o de maior. O excesso de água que entra é eliminado pelo vacúolo pulsátil, essa estrutura vai aumentando de volume com a entrada de água e então se contrai e a expulsa o excedente hídrico para o meio externo.

Reprodução

A ameba reproduz-se assexuadamente por bipartição – divide suas estruturas e origina duas amebas geneticamente idênticas.

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Paramécios

Os Paramécios também são protozoários, pertencentes ao grupo dos ciliados. Autoexplicativo, o nome já define a característica principal do grupo: a presença de cílios como estrutura locomotora. Possuem dois núcleos – o micronúcleo (relacionado com a reprodução sexuada e o macronúcleo (que comanda as atividades metabólicas). Há também o citóstoma, abertura na qual há a entrada de alimento. Além disso, também tem vacúolo pulsátil e digestivo.

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Esporozoários e Flagelados

Existem ainda outros grupos de protozoários, como os esporozoários – de vida parasitária – no qual há o plasmódio (causador da malária) e o toxoplasma (causador da toxoplasmose).

Outro grupo de relevância é o dos flagelados que, como o próprio nome define, apresentam flagelos como estrutura locomotora. Seus representantes mais comuns são os tripanossomas (dentre eles o causador da Doença de Chagas, o Trypanossoma cruzi), as giárdias (causadoras da giardíase) e as leishmanias (dentre elas a Leishmania braziliensis, causadora da Leishmaniose cutânea ou úlcera de Bauru).

Mais importante do que saber detalhes relacionados à reprodução e outras características dos protozoários é saber identificá-los e relacioná-los às doenças que causam. Por isso, acompanhe os próximos artigos que trarão as protozooses como foco. Fique atento!

Até a próxima!

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