A homofobia é a rejeição ou aversão aos homossexuais e, consequentemente, à homossexualidade e ela está presente, infelizmente, em todas as esferas de atividade humana, inclusive na escola, entre crianças e adolescentes, e deve ser combatida a fim de ser eliminada em nossa sociedade para vivermos respeitando as demais pessoas independente da orientação sexual.
A homofobia está presente nos mínimos detalhes do cotidiano. Referir-se à homossexualidade como homossexualismo, palavra com o sufixo –ismo que designa doença, é falta de informação, no mínimo, ou homofobia, já que a homossexualidade não é considerada uma doença. Homossexuais não são doentes.
Em relação ao ambiente escolar, segundo a pesquisa “Juventudes na Escola, Sentidos e Buscas: Por que Frequentam?”, realizada em vários Estados brasileiros ao longo do ano de 2013, o qual ouviu mais de 8 mil estudantes entre 15 e 29 anos, 19,3% dos estudantes de escolas públicas não gostariam de ter um colega de classe homossexual, travesti, transexual ou transgênero.
Quando as respostas de meninos e meninas são comparadas, os primeiros revelam ser mais conservadores em relação à orientação sexual e a identidade de gênero, já que preferem ter colegas de classe egressos do sistema prisional do que colegas de classe homossexuais ou travestis, por exemplo.
Já no que concerne o casamento entre pessoas do mesmo sexo, 52,5% dos jovens entrevistados são contrários ao novo arranjo familiar e isso é um problema para a escola que parece não saber lidar com essas questões.
Além disso, os alunos homossexuais, travestis, transexuais e transgêneros têm seu aprendizado prejudicado, já que o ambiente escolar não é favorável para a aprendizagem de pessoas que não são aceitas pelo grupo de estudantes e, assim, a escola torna-se mais um espaço de exclusão e não de inclusão.
Caso a proposta de redação do ENEM, em 2016, apresente como tema algo relacionado à homofobia nas escolas brasileiras, seria um grande avanço e uma ótima oportunidade de debate, assim como foi em 2015 com o tema a “violência contra a mulher”.
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*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA é graduada e mestranda em Letras/Português pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente trabalha na área da Educação exercendo funções relacionadas ao ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Redação. Foi corretora de redação em importantes universidades públicas. Além disso, também participou de avaliações e produções de vários materiais didáticos, inclusive prestando serviço ao Ministério da Educação (MEC).
4 comments
Não sei quem deu origem à falácia de que o sufixo “-ismo” designa doença, mas essa sim se espalhou como uma (a falácia se espalhou como uma praga).
Vejamos alguns exemplos de palavras terminadas em ismo:
batismo, profissionalismo, budismo, turismo, altruísmo…
A lista é quase infinita, podem pesquisar, são palavras de diversos sentidos.
Há heterossexualismo, homossexualismo, bissexualismo.
> kkkk Não viaja Philippe. Procura no Google aí que vai achar dezenas de artigos explicando de onde saiu esse lance do “homossexualismo” e porque não é mais utilizado. Passando vergonha aí, meu.
> Verdade mano, eu já ia explicar pra você justamente isto, mas procura aí parceiro, é melhor quando nós mesmos buscamos a informação.