A universidade Federal do ABC (UFABC), a partir de 2018, terá 12 vagas reservadas nos cursos de graduação aos alunos refugiados. De acordo com a instituição, a seleção dos candidatos será realizada via Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Assim sendo, faz-se necessário que os interessados participem do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018.
Vale destacar que, entre as vagas reservadas aos refugiados, seis serão destinadas a refugiados ou solicitantes de refúgio de baixa renda. Não haverá distinção de nenhuma nacionalidade. Entretanto, a cota não contempla imigrantes.
Para conseguir, de fato, concretizar sua matrícula, o candidato aprovado necessitará apresentar documentação emitida pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), além do comprovante de conclusão do ensino médio ou de formação equivalente.
Os cursos que terão vagas aos refugiagos serão:
- Bacharelado em ciência e tecnologia – 8 vagas – sendo quatro no campus de Santo André e quatro em São Bernardo.
- Bacharelado em ciências humanas – 4 vagas – na cidade de São Bernardo.
Para o professor de relações internacionais, José Blanes Sala, havia um clima propício na na comunidade universitária para a criação dessa reserva de vagas, já que a problemática dos refugiados vem sendo bastante discutida pela sociedade e pela mídia. Para o professor a pressão também vem de outras universidades e reitorias. Veja o que afirmou Sala:
Também há uma certa pressão dos reitores das federais para aceitar refugiados para os cursos.
Na última edição do SiSU, ou seja, em janeio de 2017, a UFABC ofertou 1.960 vagas. Metade das vagas era para candidatos de ampla concorrência. Os outros 50% das vagas foram destinados aos alunos de escolas públicas, incluindo os autodeclarados pretos, pardos e indígenas, conforme disposto na Lei de Cotas.
Vale ressaltar que a Universidade Federal do ABC não é pioneira nesta modalidade de cotas. Outras instituições públicas de ensino superior como a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) também oferecem seleções específicas para refugiados.