Vamos Concordar: É Hora de Acertar o Horário!

Com o fim do Horário de Verão, este domingo tem uma hora “a mais”, então vamos aproveitar esse tempo para relembrar alguns casos de concordância que estão relacionados com a indicação de tempo.

Antes, trataremos de algumas questões ‘numéricas’, por assim dizer, relacionadas aos diferentes modos de marcar o tempo e suas frações.

A hora convencional é aproximadamente 1/24 (um vinte e quatro avos – lembram-se da leitura dos numerais?) do tempo que a Terra demora para dar a volta em seu próprio eixo (movimento de rotação) e essa fração também corresponde a um fuso (não por acaso, é claro, mas deixemos isso para os professores de Geografia). Dessa forma, um movimento completo de rotação, em que a Terra faz um giro de 360o sobre si mesma, corresponde a um dia (período de incidência de luz solar) e uma noite (período de ausência da luz solar) e assim nosso dia completo tem 24 horas.

No Brasil, oficialmente o tempo é marcado seguindo indicação contínua de 24 horas, de acordo com os Manuais de Redação da Presidência e outros Manuais de Redação Oficial de diferentes órgãos e agências oficiais. E o registro do horário deverá ser feito da seguinte maneira:

  • “Os portões dos locais de provas serão fechados às 13h (horário de Brasília)”
  • O aluno que chegar às 13h01min será impedido de entrar.

Ou seja, a hora deverá ser abreviada apenas por h, os minutos por min, sem espaço entre o algarismo e o símbolo. E mais importante: não se usam dois pontos, nem se colocam as abreviaturas no plural!

E como são lidas as horas? A rigor, deveremos ler exatamente o algarismo que está registrado, portanto no primeiro exemplo, teremos:

  • “Os portões dos locais de provas serão fechados às treze horas (horário de Brasília)”
  • O aluno que chegar às treze horas e um minuto será impedido de entrar.

Já a língua falada, que é mais informal admite que olhemos o primeiro exemplo e leiamos uma hora da tarde, mas cuidado… nunca será lido treze horas da tarde, pois nesse caso teríamos um pleonasmo vicioso.

Bem, essas observações dizem respeito à leitura dos algarismos. Passemos agora à concordância dos verbos com essa marcação de horário.

  • Com o verbo SER – nesse caso o verbo é impessoal (não tem sujeito) e a concordância é feita com o numeral:

1h – É uma hora.
13h – São treze horas. (Ou coloquialmente “É uma hora da tarde”)
8h – São oito horas.
12h – São doze horas. / É meio-dia.
12h30min – São doze horas e trinta minutos. /É meio-dia e meia. (agora o verbo fica no singular, pois meio está no singular e no masculino por se referir a dia, e meia, no feminino, pois temos a metade de uma hora).

Com os verbos DAR, SOAR, BATER – temos duas situações:

  1. Quando os equipamentos que indicam o tempo são sujeitos nas frases, o verbo concordará com eles:
    Os despertadores soaram uma hora.
    O sino bateu três horas.
    O relógio deu sete horas.
  2. Quando os equipamentos estiveram funcionando como adjuntos adverbiais (estarão preposicionados), o verbo concordará com os números:
    No relógio da sala, deram oito horas.
    No meu despertador, eram 10 horas da noite.

E para finalizar, uma curiosidade: celulares e relógios com marcadores digitais podem ser programados para marcação contínua (de 24 horas) ou para o sistema am/pm, empregado comumente nos países de língua inglesa e essas abreviações significam respectivamente ante meridiem (antes do meio-dia, em latim) e post meridiem (após o meio-dia).

Até a próxima, na “mesma bat-hora, no mesmo bat-local”!

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