Veja a diferença entre Raios, Relâmpagos e Trovões

Muitas pessoas sabem que existem diferenças entre raios, relâmpagos e trovões, mas não sabem explicá-las. Outras nem imaginam que são fenômenos diferentes (embora interligados!).

Que tal entender o que, de fato, são cada um deles? Então vamos lá!

Raio

Sempre quando temos uma diferença de potencial muito grande entre nuvens ou entre nuvens e terra, podemos ter uma descarga elétrica. E é justamente essa descarga elétrica que damos o nome de raio. Entretanto, já que você é nosso leitor e está se preparando para o vestibular, podemos nos aprofundar um pouco mais na explicação.

Dentro das nuvens ocorre as chamadas correntes de convecção (deslocamento de massas de ar devido a diferença de temperatura). Muitas vezes, essas correntes de ar (sim, ventos!) são tão fortes que as colisões entre o granizo e os cristais de gelo dentro da nuvem eletrizam os cristais com carga positiva (geralmente na parte superior da nuvem) e o granizo com carga negativa (geralmente na parte inferior da nuvem). Caso essa eletrização seja muito alta, ocorre a indução de uma carga positiva na superfície da Terra, estabelecendo um campo elétrico. Calma que ainda não temos um raio, mas falta pouco. Basta apenas essa diferença de carga ser tão grande ou o campo elétrico ser tão intenso) ao ponto de superar a capacidade dielétrica (ou isolante) do ar atmosférico, que geralmente varia de 10 mil a 30 mil volts por centímetro. Agora sim, com a capacidade dielétrica da atmosfera superada, o ar torna-se um condutor. Pronto! Basta analisar o cenário…uma enorme diferença de carga elétrica entre nuvens e solo, ligadas por um (agora) condutor, é inevitável que uma imensa descarga elétrica apareça entre nuvens e o solo. Ou seja, temos um raio!

Abaixo, uma ilustração que exemplifica bem a formação de um raio que detalhei no parágrafo anterior.

raio

Agora que sabemos como acontece a formação do raio, vamos entender os dois outros fenômenos envolvidos no título do artigo.

Relâmpago

Sempre quando ocorre um raio, boa parte da energia que ele libera, e devido a ionização do ar, é convertida em luz. A parte visível dessa luz, que geralmente toma trajetórias sinuosas e com muitas ramificações, chamaremos de relâmpago. Ou seja, de uma maneira simplista, podemos falar que o relâmpago é o que conseguimos enxergar de um raio. É o clarão!

Trovão

Quado o raio é muito forte, temos uma enorme descarga elétrica, certo? Algumas vezes, essa descarga é tão intensa que acaba aquecendo de maneira muito brusca os gases por onde o raio passa. Esse aquecimento súbito, seguido da rápida expansão dos gases, funciona como se fosse uma verdadeira explosão, gerando ondas mecânicas. É isso! O estrondo que escutamos após enxergarmos um relâmpago chama-se trovão, que nada mais é do que uma consequência direta do aquecimento dos gases da atmosfera quando um forte raio passou por lá.

E aí, gostou? Continue nos acompanhando que no próximo artigo sobre o assunto falaremos como esse conteúdo pode aparecer no Enem, além de falarmos sobre o poder das pontas que, juntamente com o artigo que acabou de ler, farão você entender direitinho o funcionamento de um para-raios!

Até mais!

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