Na manhã do último sábado (17), a reitora Ângela Maria Paiva Cruz anunciou que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) deverá adotar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério de seleção para 50% das vagas do Vestibular 2013, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que ocorrerá no final deste ano. A proposta foi discutida durante o Seminário de Avaliação do vestibular e ainda precisa ser aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe).
A reitora explicou que a proposta é que o percentual aumente para 50% neste ano e no Vestibular 2014 todas as vagas sejam preenchidas através do Enem/Sisu. Também lembrou que a UFRN já vem usando o Enem gradativamente há algum tempo, mas de maneira mais discreta.
“A UFRN é a única instituição do Nordeste que ainda adota o vestibular tradicional como critério de ingresso. Não podemos continuar sendo uma ilha na região. A ideia é que este ano a gente aumente o percentual de utilização da nota do Enem para que, em 2014, a nota seja adotada integralmente”, afirmou Ângela Maria.
O diretor do Colégio Ciências Aplicadas, professor Alexandre Pinto, acredita que a adoção do Enem vai provocar mudanças na forma como os alunos se preparam para a UFRN. Ele elogiou a mudança, ressaltando que seria melhor usar a nota integralmente para preenchimento de 100% das vagas já no Vestibular 2013.
“A proposta do Enem é muito boa, mas seria melhor se fosse para todas as vagas já neste ano. Porque, com apenas 50% das vagas, nós vamos continuar sendo uma ilha no Nordeste, além de atrair gente dos outros estados que vão usar a UFRN como segunda opção”, observou o professor.
Magda Maria Pinheiro de Melo, presidenta da Comissão Permanente do Vestibular (Comperve), explicou que as coordenações dos cursos terão autonomia para decidir o percentual de vagas que será preenchido pelo Enem/Sisu em 2013.
“O Enem é importante, porque democratiza o acesso ao ensino superior no País. A UFRN vem adotando a nota do exame para ingresso na instituição gradativamente. Agora, a proposta da Comperve é dar um salto”, concluiu.
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