Neste final de semana, mais especificamente no sábado (08/2), o MEC informou que a Lista de Espera do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) será divulgada somente na segunda-feira, 10/2, contrariando o calendário divulgado até então pelo órgão. Mas o que provocou essa alteração nas datas?
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Inconsistência nas Notas do Enem 2019
Divulgado no dia 17 de janeiro, o resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) recebeu, desde essa data, manifestações sobre possíveis inconsistências nas notas de alguns vestibulandos. Por meio das redes sociais, diversas pessoas apontaram incompatibilidade entre o número de questões acertadas na prova e a nota divulgada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão responsável pelo exame.
Rapidamente, o MEC veio a público e reconheceu possíveis inconsistências em alguns resultados (0,1%) e expôs erros por parte da gráfica contratada. No dia 20/1, o órgão comunicou a realização de uma ampla revisão das notas dos candidatos (quase 4 milhões), a alteração de notas das 5.974 provas e o aumento em dois dias no prazo para se inscrever no Sisu (de 24 para 26/1).
As reclamações e indignações persistiram e alguns vestibulandos e entidades estudantis entraram na justiça solicitando a revisão da nota de pessoas que se sentiram prejudicadas, a fim de obter melhor explicação por parte do MEC sobre o que aconteceu e a razão da não divulgação do resultado do Sisu.
Como consequência houve uma guerra de liminares na justiça para saber se o resultado do Sisu poderia ser publicado. Para piorar a situação, no período em que a divulgação estava suspensa pela justiça, uma lista de aprovados vazou e o MEC confirmou a sua veracidade.
Lista de Espera do Sisu
Após esse imbróglio jurídico, o governo divulgou o resultado do Sisu. A questão atual envolve a Lista de Espera do Sisu. Na sexta-feira, 07/2, algumas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) receberam o comunicado do MEC que a Lista de Espera do Sisu, enviada um pouco antes, encontra-se com erro e que na próxima segunda-feira, 10/2, uma nova relação será divulgada (o prazo máximo para chamadas do primeiro semestre de 2020 é o dia 30 de abril).
O MEC não informou o que gerou o problema na lista, mas reportagem de Isabela Palhares, do jornal O Estado de São Paulo, indica que a falha pode estar relacionada com a dispensa, no ano passado, de consultores que atuavam na área de tecnologia da informação do órgão. “Eles eram responsáveis pela manutenção de uma série de sistemas do MEC, entre eles o Sisu, plataforma que reúne as vagas em universidades públicas do País”, escreve o jornal.
O Estadão aponta ainda que “Há anos o sistema enfrenta instabilidade e servidores alertam sobre a necessidade de desenvolver uma plataforma mais robusta, que suporte receber a quantidade de acessos simultâneos dos estudantes. Mas, segundo os servidores, com a redução do quadro de consultores da área, a manutenção foi ainda mais precária, dificultando a detecção de falhas”.
Explicação do MEC
Já o MEC alega que o problema ocorreu em consequência de mudanças feitas nas regras de acesso à Lista de Espera. Até então o Sisu permitia ao candidato, que tem a possibilidade de indicar dois cursos, declinar da segunda opção e entrar na lista de espera.
Porém, neste ano esse procedimento não é mais permitido, ou seja, quem foi selecionado somente para a segunda opção não poderá entrar na lista de espera. “Segundo servidores, a alteração no sistema não foi configurada para todas as condições de aprovação. Por isso, houve confusão na lista de espera”, escreve Palhares do Estadão.
Diante das informações divulgadas, você que se dedicou intensamente aos estudos no ano passado para ir bem no Enem, resta se acalmar (caso tenha terminado todas as provas dos vestibulares, se divertir) e esperar até segunda-feira.
Sistema de Seleção Unificada
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é atualmente a maior porta de entrada para as universidades públicas no Brasil. Através da plataforma do Sisu o aluno pode se candidatar em duas opções de curso, de acordo com a sua preferência e cumprindo dois requisitos básicos, que são: ter realizado as provas do Enem em 2019 e não ter obtido nota igual a zero em nenhuma das áreas de conhecimento.
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