Nesta terça-feira, 4 de dezembro, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio, divulgou as chamadas escalas de proficiência de todas as 21 edições do Enem, de 1998 a 2018.
Conforme esclarecimentos concedidos pelo próprio instituto através de postagem feita por sua assessoria de comunicação social, tal informação possibilita conhecer de fato o processo de avaliação do exame:
A descrição da escala de proficiência permite interpretar aquilo que os participantes sabem e são capazes de realizar em relação aos conteúdos, habilidades e competências avaliados no Enem.
A matéria do Inep explica que a interpretação da escala é cumulativa, de forma que fato do estudante atingir um determinado nível de conhecimento dos conteúdos, habilidades e competências implica que o mesmo já superou as anteriores.
Para isso, o arquivo digital produzido pelo instituto reúne um conjunto de estatísticas de extrema qualidade técnica com mais de 100 páginas esclarecedoras destinadas a todos os envolvidos no exame: alunos, educadores e organizadores.
Entre os dados, além das competências e habilidades avaliadas que são as mesmas desde 1998 (confira aqui), o documento também traz a interpretação das diferentes metodologias utilizadas para atribuição de notas do Enem em diferentes períodos, conforme descrito a seguir:
- Teoria Clássica dos Testes (TCT) – de 1998 a 2008 (descrição ano por ano);
- Teoria de Resposta ao Item (TRI) – adotada de 2009 em diante e continua sendo o parâmetro atual para correção e avaliação das questões objetivas do exame.
Diferenças Entre o Modelo Antigo e o Atual
Na época em que utilizava o TCT, o Enem foi constituído por uma única prova e seu modelo de análise de resultados apoiava-se no percentual de acertos que se transformava por somatória numa nota geral. Seus resultados individuais eram analisados num modelo pedagógico que se apoiava em cinco competências e suas respectivas habilidades.
Com a mudança para TRI (leia mais sobre os princípios básicos dessa Teoria), a avaliação permitiu calcular, através de prova empírica, os diferentes níveis de dificuldade de cada item. Desta forma, possibilitou a elaboração de uma escala de proficiência única, cumulativa para todos os anos, em cada área de conhecimento, tornando possível inclusive a comparação de desempenhos entre edições distintas do exame.
Essa evolução foi necessária e fundamental para que o Enem se tornasse o maior vestibular do Brasil e fosse usado em diversos e importantes programas de acesso ao ensino superior público e privado, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Universidade Para Todos (Prouni), entre outros.
Clique aqui para acessar as Escalas de Proficiência do Enem de 1998 a 2018.
Fonte: Portal Inep