Revolução Mexicana de 1910 – História Geral no Enem

Neste artigo trazemos uma revisão completa sobre a Revolução Mexicana, conteúdo importante da prova de Ciências Humanas do Enem.

A história da América Latina esteve associada à exploração econômica colonial e a uma estrutura primário-exportadora não superada após a emancipação política nas primeiras décadas do século XIX.

No caso mexicano, capitais norte-americanos entraram no país para explorar minérios, principalmente na região mais setentrional (norte). O governante era um caudilho chamado Porfírio Diaz. Embora houvesse uma Constituição e eleições para a presidência da República, o que de fato acontecia era uma ditadura, as eleições eram fraudadas e Diaz era reeleito, situação que durou de 1876 a 1910.

Porfírio Diaz criou uma legislação fundiária, estabelecendo a propriedade privada da terra, através da qual o governo regularizava as terras mediante um título. As terras eram vendidas e os novos proprietários expulsavam a população do campo. Dessa forma foram expropriadas terras comunais indígenas.

Com os investimentos norte-americanos emergia uma nova elite liberal. Muitos filhos dessa nova elite iam estudar nos Estados Unidos e voltavam querendo mudar o jogo político.

No início do século XX os liberais se articularam em torno de Francisco Madero, filho da nova elite mexicana. Ele se candidatou ao cargo de presidente da República, concorrendo com Diaz. Antes das eleições, Madero foi preso, acusado de agitar a população e concorrer para a desordem pública. As fraudes continuaram.

Madero convocou a população para que não aceitasse o resultado do pleito. Ele criou um plano em que declarava vaga a cadeira de presidente da República, propunha uma revisão sobre as expropriações de terra e a necessidade de uma nova Constituição, que impedisse a reeleição do presidente da República.

Os populares atenderam ao seu apelo. No sul do México, Emiliano Zapata mobilizou homens e iniciou um levante. No norte, as agitações tiveram curso com a liderança de Pancho Villa. Iniciava-se então a Revolução Mexicana em 1910.

Em 1911, Diaz renunciou ao cargo e Madero foi empossado, após nova votação. Contudo, após abolir o artigo da Constituição que permitia a reeleição do presidente da República, Madero não atendeu às reivindicações dos populares, que romperam com ele. A revolução continuou. Agora contra o próprio Francisco Madero.

Depois de violências de ambas as partes e à custa de milhares de mortos, o presidente foi derrotado, preso e executado. Uma nova Constituição foi aprovada em 1917, garantindo direitos trabalhistas, nacionalizando os recursos do subsolo mexicano e definindo a possibilidade de desapropriação de terras para efeito de reforma agrária em nome da utilidade pública.

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