A base curricular do ensino médio é pauta de constantes análises e estudos. Recentemente secretários estaduais de educação têm se reunido para discutir o Projeto de Lei 6.840/2013, que propõe, entre outras mudanças, aulas em tempo integral e oferta de conteúdos mínimos obrigatórios.
De acordo com o PL, a intenção é acabar com a divisão dos conteúdos por disciplinas no ensino médio, além de reservar um tempo que possibilite a formação diversificada dos jovens.
Na prática, isso implicaria o fim das disciplinas tradicionais como história e biologia, por exemplo, que seriam substituídas por grandes áreas, como ocorre no modelo do Enem (ciências da natureza, humanas etc), as quais ocupariam de 50 a 75% do período. O restante do tempo seria reservado para que o aluno escolha uma formação prática voltada apenas para uma dessas áreas, de acordo com o próprio interesse.
Conforme debates dos representantes que compõem o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), além de inspirar mudanças na organização do ensino médio, o Enem também pode ser alterado. Considerado hoje o currículo desta etapa escolar, o exame nacional pode receber proposta para ser aplicado várias vezes por ano, sendo uma edição para o conteúdo básico e outras para as demais ênfases de formação.
Apesar das hipóteses e levantamentos, a questão de possíveis mudanças no Enem ainda não foi considerada consenso entre membros da Consed, que deverão levá-la para consulta de especialistas antes de chegarem a uma conclusão.
O Projeto de Lei, que ainda prevê a obrigatoriedade do ensino da língua inglesa, está em tramitação na Câmara dos Deputados e deve ser votado até o final do ano, conforme o planejamento do Conselho.
Fonte: Agência Brasil