Guia de Profissão 2013: Engenharia Elétrica

Você conseguiria falar o que quaisquer ramos em desenvolvimento de um país têm em comum? Claro que várias respostas caberiam a essa pergunta. Mas certamente uma resposta impossível de contestar seria o aumento da necessidade de energia elétrica. Desenvolvimento e tecnologia estão intimamente ligados ao aumento da demanda energética.

E é justamente nessa hora que entra a importância de um dos cursos mais badalados em qualquer universidade: Engenharia Elétrica, ramo da engenharia que lida com a geração, a transmissão, o transporte e a distribuição da energia elétrica.

Sendo assim, o engenheiro eletricista está habilitado para planejar, supervisionar e executar os mais variados projetos nas diversas áreas relacionadas à energia elétrica. Desde uma usina hidroelétrica, por exemplo, até pequenos (e complexos) circuitos eletrônicos.

 

Média Salarial
Segundo o CREA-SP, o piso salarial varia entre R$ 4.500 e R$ 5.300, de acordo com os valores estipulados pelo governo federal em 2012.

 

Onde estão os melhores cursos?

Segundo o Guia dos Estudantes 2012, estes são os melhores cursos de engenharia elétrica do país.

*lista em ordem alfabética e organizada por estado

Entrevista
Para elucidar um pouco mais sobre engenharia elétrica, do curso ao mercado de trabalho, convidamos para uma entrevista Marcelo Pravata, engenheiro eletricista formado pela USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos, atual Gerente de Vendas para a América Latina da Multinacional americana FLIR Systems.

1- Porque escolheu o curso de Engenharia Elétrica?
Eu tive a influência direta do meu pai, que é técnico em eletrônica, e me sugeriu o curso pela diversas oportunidades de trabalho no mercado, seja atuando como projetista, pesquisa e desenvolvimento, consultoria, manutenção na área eletro-eletrônica ou mesmo em áreas administrativas e cargos de chefia em grandes empresas. O Engenheiro, de uma maneira geral, é muito valorizado no mercado de trabalho pela sua capacidade de resolver problemas.

2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
O curso é bastante pesado, com muita matemática do primeiro ao quinto ano, além de várias matérias ligadas à computação. Nos últimos anos existem também muitas aulas de laboratório, que ajudam a dar uma visão mais prática da profissão. Segundo uma reportagem da Folha de São Paulo que li há alguns anos, o curso de Engenharia Elétrica foi eleito o mais difícil de se concluir, até mesmo comparando com o de Medicina, apesar de ser menos concorrido no vestibular. Com relação às dificuldades no curso, isso pode variar bastante de uma pessoa para outra. Eu tinha uma base muito forte de Matemática e Física, adquirida no Ensino Médio e Curso Pré-Vestibular, mas não tinha nenhuma experiência com linguagens de programação, somente o básico de Informática. Por isso tive mais dificuldades em matérias ligadas à Computação.

3 – Como é exercer a profissão de Engenheiro Eletricista? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Eu trabalho atualmente como Gerente de Vendas para a América Latina em uma Multinacional americana fabricante de Câmeras Térmicas e Instrumentos de Teste e Medição. Passo 40% do meu tempo viajando por todo o Brasil e América Latina, visitando canais de distribuição, clientes e realizando palestras técnicas. A utilização do Espanhol e do Inglês é diária e a facilidade com idiomas me ajudou a entrar no mercado de trabalho. A área de Vendas também é muito orientada pela busca de resultados com acompanhamento rigoroso do desempenho das vendas.

4- Neste momento econômico, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os profissionais da sua área?
Apesar da taxa de desemprego no Brasil estar baixa, eu vejo que o cenário do mercado de trabalho de uma maneira geral não está muito positivo, principalmente devido à crise que atinge os países ricos. Porém existem alguns segmentos do mercado com um grande crescimento, como por exemplo as empresas do ramo alimentício e também fabricantes de equipamentos médicos.

5 – Quais as principais características que você acredita serem necessárias para aqueles que cursam engenharia e/ou exercem a profissão?
Raciocínio lógico, habilidade com números, capacidade de resolver problemas, criatividade e facilidade de adaptação à novas tecnologias.

6- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Existe uma especialização na Engenharia Elétrica conhecida como Bioengenharia, que é voltada para o desenvolvimento de equipamentos eletrônicos que auxiliam a medicina, como as próteses eletrônicas por exemplo. As empresas da área médica podem ter diversas oportunidades para o Engenheiro Eletricista, pois o curso de engenharia elétrica estimula o estudante a ter uma visão tecnológica. Essa característica é muito marcante em empresas do ramo Médico. Um exemplo é a Philips, multinacional tradicional na fabricação de equipamentos eletrônicos como aparelhos de som e TV, mas que vem investindo cada vez mais em sua divisão de equipamentos médico-hospitalares de última geração.


 
Ainda tem dúvida se esta realmente é a profissão que quer seguir? Então veja abaixo alguns sites e blogues que, de uma forma ou de outra, trazem ótimas informações sobre Engenharia Elétrica. E não se esqueça que sexta-feira que vem vamos falar sobre outra profissão!
 
http://www.engenharia-eletrica.com/

http://www.blogdaengenharia.com/

http://concursosengenhariaeletrica.blogspot.com.br/

http://www.cfee.eng.br/blogs–sites.html

http://bloggerdoengenheiro.blogspot.com.br/2010/04/engenheiro-eletrico-nao-engenheiro.html

 

*Nós, do portal infoEnem, agradecemos ao Engenheiro Marcelo Pravata pela entrevista, que esclareceu para nossos leitores um pouco mais sobre esta promissora carreira.

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