Todos te dizem que é importante estudar, mas nunca te ensinaram como ou discutiram quais as melhores estratégias para aprender um conteúdo novo ou recordar aquele conteúdo já aprendido. Nós sabemos que o cérebro contém uma grande quantidade de neurônios, que se comunicam entre si e são responsáveis por nossa capacidade de aprender e por quem nós somos, inclusive por isso, uma pessoa não é igual a outra.
Na nossa história de vida nossos neurônios se interligam de diversas maneiras, podendo fazer novas conexões e desfazer conexões que não são mais utilizadas, a esse fenômeno damos o nome de “neuroplasticidade”. Toda vez que aprendemos algo novo, novas conexões são estabelecidas e, sempre que não utilizamos essas conexões, chamadas de sinapses, são desfeitas. Pensa comigo, se você não utiliza uma conexão, qual é finalidade de gastar energia para mantê-la?
Em um estudo realizado por John Dunlosky (2013), aponta que algumas técnicas passivas como fazer anotações, grifar e reler os conteúdos, são de baixa eficiência para a retenção de informação e Karpicke (2011) nos mostra a comparação de resultados obtidos utilizando diferentes técnicas de estudo (Gráfico 1). Embora essas técnicas usuais produzam baixos resultados, são as mais utilizadas e preferidas pelos estudantes. Para que você saia dessa estática, listamos 5 maneiras diferentes para melhorar seus estudos.
Gráfico 1. Comparação entre diferentes técnicas de estudo. Adaptado de Karpicke, 2011.
Indice
1 – Faça anotações com o livro fechado
Para você que gosta muito de fazer anotações e não consegue abrir mão, pode fazer isso com o livro fechado ou após o término da aula. Dessa maneira sua memória é reativada e consegue utilizar o conhecimento que adquiriu de alguma maneira.
2 – Pergunte sempre o “por quê”
Em um estudo mencionado no artigo de Dunlosky sobre interrogação elaborativa, são separados três grupos diferentes, e eles precisam lembrar de uma lista de tarefas que um certo homem realizou, como por exemplo “o homem com fome entrou no carro”, o primeiro grupo tinha que responder uma pergunta “por que aquele homem em particular fez aquilo?” para o segundo foi fornecido uma explicação “o homem faminto entrou no carro para ir ao restaurante” e o terceiro grupo simplesmente leu a frase. O resultado foi muito diferente entre os grupos, para vocês terem uma ideia o grupo da interrogação elaborativa acertou 72% enquanto os dois grupos acertaram, cerca de 32%. Então, a interrogação elaborativa está mais interessada em perguntar os “porquês” de certas ações.
3 – Prática Distributiva
Sempre dilua o conteúdo que precisa estudar durante os dias, nunca deixa para ver o assunto de forma massiva em apenas um dia ou só antes da prova porque você pode até ter resultado no dia seguinte, mas a capacidade de retenção daquilo que foi aprendido dessa forma, é muito baixa.
4 – Testes práticos
Responda questões relacionadas ao que você estudou, testes práticos. É uma maneira de aplicar o que você aprendeu e sinalizar para o cérebro que é uma informação importante e deve ser armazenada. É importante que os tenham, além dos testes alternativos, os dissertativos para que você possa elaborar as respostas e adicionar mais complexidade ao que aprendeu. Outro estudo citado nesse artigo de revisão, nos mostra resultados sobre a aplicação dessa técnica.
Gráfico 2. Comparando alunos que fizerem teste práticos e os que não fizeram. Adaptado de Dunlosky, 2003.
O gráfico nos mostra que tanto os top alunos, aqueles que só tiram notas altas, quanto os alunos medianos obtiveram um resultado quase 20% maior do que quem não se testou. Podemos observar também que para os dois grupos a retenção do conteúdo aumentou após uma semana.
5 – Faça revisões com a Repetição Espaçada
Existe uma teoria chamada Curva do Esquecimento, proposta por Hermann Ebbinghaus. O que ela diz então? Temos uma tendência natural de se esquecer daquilo que foi aprendido.
Gráfico 3 curva do esquecimento.
O ideal é que, depois de aprender um assunto novo, você faça uma revisão nas primeiras 24h, depois dentro de 7 dias e com um espaçamento ainda maior, de 30 dias. Você pode utilizar flash cards manuais, com perguntas na frente e a resposta atrás, ou você pode usar alguns aplicativos que permitam que você faça seus próprios flashs cards.
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DUNLOSKY, J., et. Al. Improving Students’ Learning With Effective Learning Techniques: Promising Directions From Cognitive and Educational Psychology. Psychological Science in the Public Interest, p. 4-58, 2013
KARPICKE, J. D., BLUNT, J. R. Retrieval Practice Produces More Learning than Elaborative Studying with Concept Mapping. SCIENCE, v. 331, p. 772-175, 2011.
Por quê, Porquê, Porque e Por que: aprenda a diferença entre cada um para não errar no Enem!
A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto.
https://infoenem.com.br/por-que-porque-porque-e-por-que-aprenda-a-diferenca-entre-cada-um-para-nao-errar-no-enem/
O que é SiSU?
É o sistema informatizado do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior (federais e estaduais) oferecem vagas a candidatos participantes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
https://infoenem.com.br/como-funciona-o-sisu/