A Redação na FUVEST em 2012

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O tema proposto pela FUVEST em 2012, “Participação política: indispensável ou superada?”, traz uma reflexão bastante relevante na atualidade. A discussão acerca da participação política e da política em si devem existir e ser constantes, a não ser que se queira ver as decisões tomadas por si. Pensando nisso, vamos relembrar e analisar a proposta de 2012:

Inicialmente, tanto na diagramação quanto ao trazer textos motivadores e, logo após, uma frase temática, a redação de 2012 da FUVEST se aproximou do padrão Enem. As diferenças são, como sempre, a exigência de um título e a não obrigatoriedade de uma sugestão de solução para a questão (o que não quer dizer, no entanto, que essa não possa ser uma opção de conclusão para o candidato da FUVEST). Além disso, a prova para ingresso na USP também pede entre 20 e 30 linhas de texto, exigência mínima maior que a do Enem.

Os textos motivadores foram bastante variados, abrangendo vários aspectos e trazendo várias opiniões de nomes renomados do meio filosófico e político. Aristóteles é o primeiro, com uma definição da política que a coloca como a ciência facilitadora de todas as outras ciências que, por sua vez, devem ter como objetivo o bem do homem. Os textos dois e cinco são categóricos ao afirmar que a quem se abstém da política não serão empregados adjetivos muito simpáticos. Idiota e ignorante são alguns deles, cada um com suas justificativas. O poema do terceiro texto motivador sugere que tudo é político, a pele, os olhos, os genes, o que dizemos e até o próprio silêncio que fazemos. Já Bauman crê que a política tem caído no desinteresse por despir-se de certos papeis que já teve, como a proposição de doutrinas. Lidos e analisados esses textos motivadores, é hora de refletir.

Você, como candidato/aluno, de que lado está na frase temática? A participação de todos na política é indispensável ou não é necessária? Primeiramente, ao observarmos a totalidade dos excertos da proposta, fica bem claro que a ideia de que quem não participa da política ou não dá atenção a ela de nenhuma forma, para os elaboradores da temática, é alguém ignorante, que não reflete. Isso pode ser comprovado no nosso dia a dia por um raciocínio simples: se a política culmina na escolha de representantes para organizarem a vida em sociedade e fazer com que esta organização não entre em conflito com as liberdades individuais (e vice versa), é mais do que justo e necessário que cada participante da sociedade exerça seu direito de voz, dê sua opinião e saiba o que esses representantes estão fazendo em seu nome, certo? Você gostaria que alguém tomasse decisões importantes para sua vida em seu lugar? Ao abster-se da política e ignorá-la completamente, é basicamente isso o que ocorre. Os limites de suas liberdades individuais e as regras de convivência em sociedade estão sendo decididas sem sua participação. Por exemplo, o voto em branco pode muito bem ser um voto de protesto válido quando o eleitor não se identifica com nenhuma opção disponível, mas sair de casa no dia da eleição e pegar o primeiro papel de propaganda política jogado no chão (o que é ilegal, aliás) e pensar “Ah, vai esse aqui mesmo…” demonstra um posicionamento semelhante ao criticado por Cortella e Ribeiro em seu texto e Adão em sua tirinha.

Para defender que a participação política não é necessária, os argumentos precisariam ser muito fortes e fazer total sentido. Talvez mencionar a corrupção e a administração falha de nosso país ajude a justificar um cruzar de braços dos brasileiros nas próximas eleições para que não haja quórum, por exemplo. Mas até isso seria uma forma de protesto político! Viu como não há muita saída da política em nossas vidas? Por isso devemos estar sempre atentos ao que está acontecendo nela e nos mantermos bem informados sobre como ela funciona, para que não fiquemos calados (o que em si já tem resultados políticos) e não deixemos que tomem decisões por nós. Assim, por consequência, não vai ser nada difícil mandar bem nas redações com temas políticos nos próximos vestibulares (aliás, o vestibular sendo, como já comentamos aqui, uma extensão da vida – o tema de hoje é grande prova disso)!

O que acharam do tema desta semana? Como se posicionariam na pergunta da frase temática? Por quê? Contem tudo pra gente nos comentários e até semana que vem!

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Por quê, Porquê, Porque e Por que: aprenda a diferença entre cada um para não errar no Enem!

A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto.
https://infoenem.com.br/por-que-porque-porque-e-por-que-aprenda-a-diferenca-entre-cada-um-para-nao-errar-no-enem/

O que é SiSU?

É o sistema informatizado do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior (federais e estaduais) oferecem vagas a candidatos participantes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
https://infoenem.com.br/como-funciona-o-sisu/

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