Grande novidade de 2020, o Enem digital teve cerca de 90 mil participantes em sua primeira aplicação piloto. A redação, no entanto, seguiu a aplicação tradicional: precisou ser feita à mão, com caneta preta e em uma folha separada, não no computador como o restante da prova.
Nessa aplicação, o tema foi “O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil”. Vamos conferir a coletânea de textos motivadores:
Em primeiro lugar, como sempre e em qualquer vestibular e concurso, é necessário ler os textos motivadores com bastante atenção. Desta vez, a frase temática foi seguida de contextualizações que estabeleciam bases históricas (texto I), índices (textos II e III) e entrevistas com especialistas (texto IV) que tentam explicar as causas e mostrar os resultados das diferenças entre as regiões do Brasil. É importante notar, aqui, que a desigualdade a ser tratada refere-se única e exclusivamente àquela entre as regiões do Brasil em relação ao acesso e à estrutura de serviços e qualidade de vida. A desigualdade social entre os mais pobres e os mais ricos não é sequer mencionada e, portanto, é melhor não entrar neste mérito, tanto para não precisar ocupar uma parte do espaço com essa argumentação ao invés de uma mais relacionada à questão em pauta, quanto para não correr o risco de tangenciar o tema.
Para estar bem informado sobre a problemática, uma ótima ideia seria ler na íntegra os materiais de onde foram retirados os trechos dos próprios textos motivadores. Há menções a motivações históricas, índices e uma entrevista sobre o tema, o que já traz uma base bastante rica. É interessante também estar munido de índices básicos acerca das diferenças entre as regiões. Escolaridade, segurança e acesso à saúde pública são alguns dos índices mais óbvios a serem pesquisados e levados à argumentação.
Com informações relevantes acerca das desigualdades entre as regiões do Brasil em mãos, é hora de construir o texto. É preciso deixar bastante claro que as diferenças existem ao longo do desenvolvimento, o que pode ser auxiliado pelos índices (dos textos motivadores e recolhidos em pesquisas externas). A contextualização histórica pode ser uma boa introdução, mas é preciso cuidado para que, caso faça-se uso do texto I, não haja referência direta a ele (já que o leitor deve ser considerado como sendo alguém que está lendo apenas a redação, sem acesso ao restante) e nem cópias de trechos, apenas uso de dados como embasamento e/ou paráfrases. Por fim, depois de comprovar a existência, é preciso estabelecer que tais desigualdades são prejudiciais das mais diversas formas, seja para indivíduos, para as regiões que sofrem com menor acesso a estrutura e qualidade de vida ou para o país e a sociedade brasileira como um todo.
Concluindo, é hora de sugerir soluções. A proposta de intervenção em temas abrangentes como esse merece um cuidado especial, já que não pode ser genérica demais (deve ser detalhada) e nem tão específica que não cubra toda a problemática, algo que pode afetar a coesão. Leis que envolvam estrutura igualitária nas áreas de principal responsabilidade do governo, bem como investimentos e parcerias entre União, estados e municípios podem ser boas opções a serem desenvolvidas.
O que acharam da proposta do primeiro Enem digital? Pretendem se inscrever nesse modelo de aplicação nos próximos anos? Contem tudo pra gente nos comentários e até a próxima!
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Por quê, Porquê, Porque e Por que: aprenda a diferença entre cada um para não errar no Enem!
A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto.
https://infoenem.com.br/por-que-porque-porque-e-por-que-aprenda-a-diferenca-entre-cada-um-para-nao-errar-no-enem/
O que é SiSU?
É o sistema informatizado do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior (federais e estaduais) oferecem vagas a candidatos participantes do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
https://infoenem.com.br/como-funciona-o-sisu/