Pantanal em chamas

O Pantanal abrange os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, se estendendo para a Bolívia e Paraguai. O relevo pantaneiro é plano e nos meses de cheia (outubro a abril) a bacia do rio Paraguai extravasa inundando extensas áreas e nos meses de seca (maio a setembro) os rios voltam aos seus cursos deixando os nutrientes e fertilizando o solo, uma das principais características do bioma é a dependência por parte das plantas e animais do fluxo das águas. Além disso, apresenta uma fauna e flora muito ricas, estima-se que a maior concentração de aves do continente esteja nesse território, como as garças, patos selvagens, tuiuiús que são as aves símbolos dessa região. Podemos encontrar também grande diversidade de mamíferos como o cervo do pantanal, ariranha, porco espinho, onça, além dos peixes e os répteis como os jacarés.

A criação de gado no Pantanal teve início no final do século 19, e se tornou a principal atividade econômica da região. A princípio a pecuária extensiva obedecia ao ritmo das águas, sendo cultivados bovinos e equinos adaptados ao pastejo em água rasas, entretanto, a expansão e modernização da pecuária, promoveu a divisão de terras trazendo variedades de capins exóticos junto com a necessidade de se interferir no curso das águas criando represas, estradas e drenagens. A pesca também é uma atividade bastante difundida no Pantanal, pois se encontra grande biodiversidade e abundância de peixes como dourado, piranha, traíra, pacu, pintado entre outros. Entretanto, percebe-se essa riqueza sendo diminuída evidenciando os sinais da superexploração do local, ainda há que se destacar a contaminação por pesticidas, poluição industrial, caça ilegal, aumento do lixo urbano, e agora, as queimadas.

O Pantanal vem vivendo uma série histórica de queimadas, a pior de todos os tempos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estima que existam mais de 7.000 focos de incêndio e de janeiro até hoje, já foram contabilizados mais de 16 mil, causando uma perda de mais de 20% de todo território. Estima-se que o foco dessas queimadas seja antrópico, por isso, diversos órgãos regionais fazem o monitoramento e perícias a fim de averiguar a origem de queimadas criminosas. Somando-se a isso, vivemos o período de maior seca na região nos últimos 60 anos, sendo que na estação chuvosa, o Rio Paraguai atingiu o menor nível dos últimos anos, assim como os outros rios presentes no bioma. Para piorar, estamos em um cenário político de um governo negacionista das condições atuais além de vivermos afrouxamentos constantes nas leis ambientais.

A devastação de grande parte da floresta pelo fogo, certamente trará danos irreversíveis ao bioma, além da perda já existente da biodiversidade local, a morte de diversos animais e plantas, resultam também em um desequilíbrio em cadeia nas relações tróficas entre os indivíduos do local, uma ave que se alimentava dos frutos de uma determinada árvore e desempenhava papel importante na dispersão de sementes, pode, por exemplo, mudar sua rota de migração por falta de alimento, se a espécie for mais sensível como a ararinha azul, há a possibilidade de ocorrer um declínio na população dessa espécie e ameaça de extinção, além disso, alguns grupos já ameaçados como a onça e o tamanduá bandeira, sofrerão ainda mais ou efeitos dessas chamas.

Outra consequência que podemos destacar é o empobrecimento do solo. A princípio, a queima de matéria orgânica pode resultar na maior disponibilidade de nutrientes para o solo, entretanto grande parte desses nutrientes provenientes da queima da matéria orgânica são perdidos para atmosfera ou levados por correntes de vento, as queimadas geram também o aumento da emissão de CO2 na atmosfera, contribuindo para o efeito estufa, e a fumaça e fuligem produzidas são dispersas até as cidades, podendo ocasionar problemas de saúde as populações dos centros urbanos.

Fonte: https://istoe.com.br/incendios-no-pantanal-aumentam-210-em-2020-diz-inpe-2/

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