Governo Geisel e Gal Costa

O chamado Governo Geisel iniciou em 1974 e se deu até 1979, quando João Figueiredo assumiu a presidência. Na gestão de Ernesto Geisel o Brasil iniciou sua abertura democrática, após anos de chumbo; essa abertura ficou famosa como sendo “lenta, gradual e segura”. 

Um dos objetivos do governo era o de fortalecer a economia sendo a ferramenta central para tal fim o II Plano Nacional de Desenvolvimento (que visava conter a onda inflacionária e continuar o crescimento econômico nacional, por meio do investimento governamental no setor estatal almejando recursos com o aumento da taxa de juros e a emissão de títulos resgatáveis).

Apesar de a abertura ter tido início, com o congelamento de salários, organizações sindicais e metalúrgicas começaram a se organizar, principalmente na região do ABC Paulista. Outras organizações civis também começaram a se mobilizar nesse mesmo momento.

Algumas leis do período foram polêmicas, como a Lei Falcão (1976) que proibiu a organização de campanhas eleitorais na mídia, ampliou a duração do mandato presidencial para seis anos e determinou que um terço do Senado seria escolhido via assembleias estaduais. Houve também o Pacote de Abril (1977) que fechou o Congresso e deu ao presidente poder para governar por decretos.

A abertura do Regime não agradou alas radicais militaristas. Mas mesmo com tal distensão, vale lembrar que a tortura e os assassinatos cometidos pelos agentes do governo continuaram, bem como a indignação popular em virtude de tais acontecimentos.

GAL COSTA

Gal estreou ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, o espetáculo Nós, Por Exemplo. Ela também participou do I Festival Internacional da Canção (1966), com a canção Minha Senhora. O seu primeiro LP foi lançado em 1967, ao lado de Caetano Veloso.

Em 1970 vai para Londres para visitar Caetano Veloso e Gilberto Gil, exilados pela ditadura, e de tal viagem traz algumas músicas incluídas em seu disco seguinte, “Legal”. “Quando Caetano e Gil foram exilados, eu fiquei aqui, porque não tinha dinheiro para ir. E eu tinha que cuidar da minha mãe. Mas, eu fiquei no meu país defendendo as ideias deles, as nossas, cantando e passando a mensagem. Acabei tomando esse posto de ‘porta-voz’ do Tropicalismo”.

O Tropicalismo começou a usar suas letras e melodias para criticar a postura dos militares de violar a liberdade do povo e principalmente a liberdade de expressão.  Seu álbum ‘Índia’ (1973) era vendido, em virtude da censura, com um material preto envolto, com o objetivo de sinalizar um conteúdo transgressor.

Questão – Enem 2018

São Paulo, 10 de janeiro de 1979.

Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel.

Considerando as instruções dadas por V. S. de que sejam negados os passaportes aos senhores Francisco Julião, Miguel Arraes, Leonel Brizola, Luis Prestes, Paulo Schilling, Gregório Bezerra, Márcio Moreira Alves e Paulo Freire.

Considerando que, desde que nasci, me identifico plenamente com a pele, a cor dos cabelos, a cultura, o sorriso, as aspirações, a história e o sangue destes oito senhores.

Considerando tudo isto, por imperativo de minha consciência, venho por meio desta devolver o passaporte que, negado a eles, me foi concedido pelos órgãos competentes de seu governo.

Carta do cartunista Henrique de Souza Filho, conhecido como Henfil. In.: HENFIL. Cartas da mãe. Rio de Janeiro: Codecri, 1981 (adaptado).

No referido contexto histórico, a manifestação do cartunista Henfil expressava uma crítica ao(à):

a) censura moral das produções culturais.

b) limite do processo de distensão política.

c) interferência militar de países estrangeiros.

d) representação social das agremiações partidárias.

e) impedimento de eleição das assembleias estaduais.

ALTERNATIVA CORRETA – B

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A língua portuguesa é de fato muito rica e por isso traz um grande número de possibilidades para algumas palavras e isso, às vezes, pode causar dúvidas aos falantes de seu idioma. Uma dessas dúvidas mais comuns está ligada ao uso dos “porquês”. Na fala não há motivo nenhum para preocupação, mas na hora da escrita em norma padrão quase sempre é feita uma consulta para saber a diferença entre um e outro e não fazer feio no texto.
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