A conquista do ambiente terrestre proporcionou diversos desafios para as plantas, como por exemplo a captação de água e sais minerais, entretanto, os mecanismos evolutivos foram capazes de selecionar características muito eficazes nesses seres vivos, como por exemplo a presença dos tecidos condutores xilema e floema nas Gimnospermas e Angiospermas. O transporte pelo xilema já foi discutido anteriormente, e no presente artigo abordaremos como ocorre o transporte de seiva elaborada pelo floema nas plantas.
Para começar, é necessário sabermos que o floema se encontra na parte mais externa dos tecidos vegetais e constitui a casca viva nas plantas com crescimento secundário (espessamento do caule e das raízes), em algumas eudicotiledônias como por exemplo o ipê, o abacateiro, é possível identificar um floema mais interno.
Fonte: TAIZ, L., ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 5º ed. Porto Alegre, Artmed, 2013.
É no floema que se dá o transporte dos produtos da fotossíntese, principalmente os açucares produzidos das áreas maduras da planta para as áreas de crescimento e armazenamento, isso engloba também raízes e frutos, por exemplo. O floema também é capaz de distribuir sinais e fazer a redistribuição de vários compostos juntamente com os açucares transportados.
Fonte: TAIZ, L., ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 5º ed. Porto Alegre, Artmed, 2013.
As células que fazem o transporte de seiva elaborada são chamadas de células crivadas nas Angiospermas, pelo baixo grau de especialização e elementos de tubo crivado nas Angiospermas por possuírem uma maior especialização (a primeira figura mostra detalhadamente os poros presentes na célula que auxiliam na translocação da seiva). Além disso, temos ligadas aos tubos crivados células companheiras, que auxiliam na nutrição das células crivadas, já que essas, na fase de diferenciação perdem o núcleo impossibilitando-as ou reduzindo a produção de proteína, são as células companheiras que exercem função no transporte dos produtos fotossintéticos das células produtoras nas folhas maduras para os elementos crivados nas nervuras menores da folha. Podemos encontrar junto os elementos crivados as células parenquimáticas (armazenam e liberam moléculas nutritivas), latíferos (células que contêm látex), e em alguns casos, o floema também inclui fibras e esclereídes (para proteção e sustentação do floema).
O modelo de translocação no floema foi proposto em 1930 por Ernst Münch, o modelo e explica a translocação no floema como um fluxo de solução (fluxo de massa) governado por um gradiente de pressão gerado osmoticamente entre as células fotossintetizante (células fonte) e as células não fotossintetizantes (células dreno) dentro da planta. Os produtos resultados da fotossíntese se acumulam dentro das células fotossintetizantes e, posteriormente esses açúcares serão carregados na forma principalmente de sacarose para as células companheiras e posteriormente para os tubos crivados. Esse aumento de concentração no interior desses tubos, gera um potencial hídrico favorável para entrada de água vinda do xilema (lembrando aqui que a água sempre vai lugar menos concentrado para o mais concentrado). Essa entrada de água aumenta a pressão de turgor dentro dos tubos crivados iniciando um fluxo de massa em direção a regiões não fotossintetizantes, os açucares são então descarregados nas células dreno e esse descarregamento causa um aumento do potencial hídrico, ou seja, a solução fica menos concentrada, dessa forma, a água retorna então ao xilema diminuindo a pressão de turgor dos tubos crivados.
A imagem abaixo simplifica o modelo do fluxo de pressão:
TAIZ, L., ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 5º ed. Porto Alegre, Artmed, 2013.
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