O Gambito da Rainha, Xadrez Diplomático e a Guerra Fria

Um dos novos sucessos do universo das séries é “O Gambito da Rainha”, baseado no livro de mesmo nome publicado por Walter Tevis em 1983. Narrando a história de vida de Beth Harmon, a série nos mostra a infância, juventude e vida adulta de uma estrela do xadrez.

Órfã, desde muito cedo exposta aos males do mundo, Beth encontra refúgio na sala do zelador do orfanato, com quem aprendeu a jogar xadrez e desenvolveu suas habilidades com maestria. Ao sair do orfanato, Beth vê a chance de ganhar dinheiro com seu talento (raro para uma mulher na época) e se inscreve em diversos torneios.

Com vitórias atrás de vitórias, Harmon se torna uma referência mundial no universo enxadrista, derrotando grandes mestres, saindo do seu país de origem (os EUA) para jogar no exterior, mas também se envolvendo com o vício, as drogas, o álcool e o amor.

O desafio de Beth

A série retrata um mundo imerso na Guerra Fria (assim como várias outras produções que já analisamos aqui, como “Viúva Negra” e “Stranger Things”) e a competição entre EUA e URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, atual Rússia, em suma) se materializa em diversos campos: na ciência, na economia, no ramo bélico e em esportes como o xadrez!

Apesar da competição constante, é certo para muitos especialistas que a probabilidade de acontecer uma real guerra em proporções mundiais, era quase inexistente! Apesar disso, as proxy wars (trabalhadas detalhadamente no texto sobre o filme Viúva Negra) ocorreram em diversas regiões.

Durante os episódios, os soviéticos são citados pelos enxadristas estadunidenses com um misto de admiração, medo e raiva – queriam ser como eles, ao mesmo tempo que tinham medo de enfrentá-los, carregando o fardo de quererem vencê-los.

Não é para menos que, os momentos mais decisivos da série estão ligados com Harmon lidando com algum soviético no tabuleiro.

Vida Real

Durante a Guerra Fria, a URSS manteve o chamado “Xadrez Diplomático” como prática – de acordo com análise do livro “Rei Branco e Rainha Vermelha”, compartilhada pela Revista IstoÉ, “os jogadores eram tratados pelo Kremlin, sede do governo russo/soviético, como instrumento de propaganda e prestígio, financiados pelo governo e declarados Heróis do Povo”.

A URSS tinha a hegemonia dos tabuleiros, até um fatídico de jogo ocorrido em 1972, onde um estadunidense venceu, após mais de um mês de partida – você não leu errado, um mês! -, promovendo certo enfraquecimento para a URSS e sua propaganda. O xadrez da URSS perdeu o gás, e “nunca mais foi o mesmo” de acordo com Daniel Johnson, autor do livro citado.

Apesar do Xadrez Diplomatico ter sido real, Beth Harmon não existiu de verdade – mas existem muitas enxadristas históricas que você pode conhecer com pesquisas na internet!

(UFPR 2009) Considere o trecho abaixo, sobre a Guerra Fria:

“(…) apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder desigual mas não contestado em sua essência”. (HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX, 1995, p. 224.)

Sobre o tema, é correto afirmar:

a) Os EUA possuíam maior quantidade de países aliados, enquanto a influência da URSS era maior quanto à extensão territorial total, o que equilibrava suas forças.

b) Uma característica marcante da Guerra Fria é que, em termos objetivos, o perigo de ocorrer uma guerra mundial era mínimo, quase inexistente.

c) EUA e URSS respeitavam a orientação do Protocolo da ONU de não desenvolverem nem manterem arsenais nucleares durante a Guerra Fria.

d) Ao final da Segunda Guerra Mundial, EUA e URSS firmaram um acordo, no sentido de não se atacarem mutuamente, nem aos aliados uns dos outros.

e) Durante a Guerra Fria, a propaganda foi pouco utilizada pelas duas superpotências como recurso para estabelecer limites nas ações do adversário.

ALTERNATIVA CORRETA: B

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